Andy Collins, em sua coluna Save My Game da Dragon fala sobre um assunto polêmico: Transparência no Jogo.

Transparência em JogoJogador 1: Cara, é a segunda vez neste mês que metade do grupo morre em um encontro! Você está jogando duro.
Mestre: Ei, não é minha culpa que todos vocês tenham morrido. Se vocês tivessem usado seus ataques de fogo no guerreiro inimigo ao invés do mago maligno, vocês não teriam desperdiçado os seus ataques na resistência ao fogo dele.
Jogador 2: O que você quer dizer com resistência a fogo? Você nunca nos disse que o mago não estava tomando todo o dano da minha Scorching Bursts!
Mestre: E vocês apenas ignoraram o demônio enquanto ele regenerou todos os pontos de vida perdidos.
Jogador 3: Regeneração? Eu imaginei que ele poderia ser um Elite!
Mestre: E eu não posso acreditar que vocês não perceberam a penalidade que estavam sofrendo por estarem dentro da aura de desespero da múmia. Eu apenas subtraí mentalmente os resultados obtidos por vocês de forma que vocês não precisassem ter que se lembrar.

Uma conversa como essa descrita acima pode facilmente desacreditar o narrador perante os jogadores, afinal, como os jogadores podem ter a noção clara da situação que estão envolvidos e desenvolver estratégias?

O Dungeon Master Guide cobre, em inúmeras páginas, informações que o narrador deve conceder aos jogadores, de pistas cruciais para o avanço da história à efeitos em jogo. O artigo do Andy Collins foca justamente dos efeitos em jogo: informações factuais sobre o que está acontecendo na mesa de jogo e as perspectivas em jogo, permitindo que todos na mesa saibam quais regras se aplicam a situação, bem como as excessões à regra.

TRANSPARÊNCIA OU OPACIDADE?

Ser transparente em jogo não significa não ter segredos. Essa transparência também não significa que os personagens devam saber todas as informações sobre a situação, afinal de contas, muita informação pode acabar por atrapalhar os jogadores.

Os jogadores não precisam saber quantos pontos de vida os monstros têm, quais os modificadores de combate, as defesas, afinal, manter tudo isso em mente é uma tarefa difícil para os jogadores. Mas se os jogadores acharem isso divertido, então lhes dê diversão.

Depois trago um pouco mais desse artigo.

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.