Ontem mestrei a 26ª sessão da Campanha Portal de Baldur e depois de um pequeno hiato devido a ajustes de horários, concursos, etc, além de ter tido tempo de ler muito material bacana sobre a 4ª edição e o sistema Old School.

Essas leituras me propiciaram uma reavaliação da maneira como eu vinha conduzindo as aventuras e embora eu tivesse mais de duas semanas para planejar os encontros que aconteceram ontem a noite, não conduzi organizar todos os elementos necessários para torná-la organizacionalmente apresentável e aí a aventura foi mestrada “on the run“.

Do grupo composto por seis jogadores, um desapareceu, um segundo não gostou do sistema, um não foi por estar trabalhando e três compareceram. A sessão em si, marcada para iniciar às 19:15 h começou de verdade por volta das 21 horas – muito assunto para por em dia.

A minha proposta era terminar a aventura Scepter Tower of Spellgard e para isso me cerquei de elementos interessantes. Na minha versão da aventura, se os personagens não conseguissem chegar a tempo no salão principal onde o ritual estava sendo realizado, Thoran conseguiria aprisionar Lady Saharel e conseguiria uma vantagem tática excepcional. Os jogadores optaram pelo método mais difícil.

Do ponto de partida, os personagens teriam que subir nove níveis da torre, culminando com o encontro “final”, que poderia ainda se estender aos níveis superiores. Um grupo de personagens que já passaram pela mesa, mas que não fazem mais parte da aventura, foram responsáveis por chamar a atenção dos “novos” moradores da torre, tentando uma abordagem mais direta, o que conseguiu chamara a atenção de muitas criaturas e deixar os personagens dos jogadores razoavelmente livres para agir.

Foram 3 encontros de combate, um encontro sem combate no qual eles interagiram com uma aparição e muita interpretação. Por terem descansado, os personagens chegaram ao último combate com uma grande desvantagem: Lady Saharel aprisionada e concedendo bônus para os inimigos.

Na sala eles confrontaram Thoran, três magos e um Oni (muito pau) que estava sob o domínio de Thoran. A distância os magos lançaram raios e o Oni aproximou-se para usar seus poderes contra os personagens, de cara deixando três deles dazed com seu olhar hipnótico. Quando Thoran sofreu dano os personagens perceberam que o Oni tentava recuperar-se da manipulação e isso salvou o grupo, que teve uma baixa e uma quase baixa (o personagem ficou com -2 pontos de vida).

Para apimentar os combates adotei (em caráter definitivo) as regras do @tionitro e já discutidas aqui no Trampolim RPG. Dinamismo, emoção a flor da pele e muita, muita diversão.

No final do combate, após causar mais de 20 pontos de dano em Thoran, os personagens conseguem liberar o Oni por duas rodadas de sua influência. O Oni, furioso pelo tipo de controle que Thoran exercia sobre ele, voou até o manipulador e desferiu um golpe – que eu joguei na frente dos personagens – e que resultou em um 20 no d20. Dano dobrado! Duplicando o efeito também, o golpe empurrava o alvo 2 quadrados e o pobre Thoran cai morto próximo a zona de energia que aprisiona a poderosa Saharel, gerando uma liberação monstruosa de energia na forma de raios que teve excelentes chances de acertar a todos na sala enquanto estes tentavam escapar.

Final da aventura e muita ação rolou. Quem nunca experimentou as regras do @tionitro, corram “suas sessões de 4ª edição nunca mais serão as mesmas”. E vou sugerir também a leitura de muito material Old School para aprimorar a forma de jogar a 4ª edição, e o material do Old Dragon para quem quer experimentar algo diferente. Vale muito a pena.

Até a próxima!

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.