Texto original: Dark Sun: A Quick Player’s Primer
Postado em: 02 de junho de 2010
Autor: Ameron
Site: Dungeons Master

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Algumas semanas atrás nós lançamos uma cartilha para os jogadores sobre o próximo D&D Encounters: Dark Sun. Como parte da nossa semana de Dark Sun aqui no Dungeon’s Master, nós pensamos em postar a matéria novamente para aqueles que perderam o artigo original.

Bem-vindos a Athas: Uma cartilha rápida para os jogadores

O mundo do Cenário de Campanha de Dark Sun é único por várias razões. Muitos dos ornamentos do jogo DUNGEONS & DRAGONS não estão presentes ou são completamente diferentes. Athas não é um local para cavaleiros de armaduras brilhantes e magos vestidos em robes, de florestas densas e panteões divinos. Para aventurar-se sobre as areias de Athas é necessário entrar num mundo selvagem e cheio de esplendor esboçado em diferentes tradições de fantasia e narração. Sobreviver abaixo do imenso sol vermelho já é uma aventura épica.

Recém-chegados em Athas tem que aprender muita coisa sobre este mundo, seus habitantes, e seus monstros, mas as próximas oito características englobam as características mais importantes do Cenário de Campanha de Dark Sun.

O mundo é um deserto

Athas é um planeta árido e quente, coberto por um infinito mar de areia, planícies sem vida de sal, desertos de rochas, precipícios, vegetação espinhosa, e coisas ainda piores. Desde os primeiros momentos do mundo, o sol vermelho incide seus raios de um céu cor de oliva. As temperaturas excedem os 37 ºC no meio da manhã, podendo atingir 55 ºC à tarde. Os ventos são como a brisa de uma fornalha e não oferecem conforto ao calor opressivo. Poeira e areia são carregados pelo vento e cobrem tudo com uma fina cama alaranjada. Neste mundo proibido, cidades e vilas existem apenas nos oásis ou planícies verdejantes. O mundo além destas terras civilizadas é uma terra infértil habitada por nômades, ladrões e monstros famintos.

O mundo é selvagem

A vida em Athas é brutal e curta. Ladrões sanguinários, escravagistas gananciosos e hordas de selvagens inumanos espreitam o deserto e as terras ermas. As cidades são um pouco melhor; todos se chocando no aperto de um tirano imortal. A vil instituição da escravidão é amplamente difundida em Athas e muitos desafortunados passam suas vidas acorrentados, tolhidos por mestres brutais. A cada ano, centenas de escravos, talvez milhares, são mandados para a morte em espetáculos de arena. Caridade, misericórdia, bondade – estas qualidades existem, mas elas são flores raras e preciosas. Apenas poucos desejam tais riquezas.

O metal é escasso

A maioria das armas e armaduras são feitas de osso, pedra, madeira e outros materiais similares. Armaduras metálicas existem apenas nos tesouros dos Reis Bruxos. Lâminas de aço são quase impagáveis, armas que muitos heróis nunca virão em toda a sua vida.

Magia arcana corrompe o mundo

O uso descuidado da magia arcana durante as guerras antigas reduziram Athas ao deserto que ele é hoje. Para conjurar uma magia arcana, a energia tem que ser retirada do mundo vivo ao redor. As plantas se transformam em cinzas negras, uma terrível dor afeta os animais e as pessoas, e o solo fica estéril; nada pode crescer naquele local novamente. É possível conjurar magias com cuidado, evitando danificar o mundo, mas a corrupção é mais poderosa do que a preservação. Como resultado, feiticeiros, magos e outros conjuradores arcanos são normalmente humilhados e caçados por toda Athas, independente de ser um corruptor ou um preservador. Apenas os mais poderosos conjuradores podem usar magia arcana sem medo ou represálias.

Os reis bruxos comandam as cidades-estado

Terríveis corruptores de imenso poder regem todas as cidades-estado. Estes poderosos conjuradores têm mantido seus tronos por séculos; nenhum ser vivo se lembra do tempo antes dos Reis Bruxos. Alguns se dizem deuses, enquanto outros dizem servir aos deuses. Alguns são opressores brutais, enquanto outros são mais sutis em sua tirania. Os Reis Bruxos governam através de clericato, burocratas gananciosos, templários ambiciosos, corruptores menores que podem clamar pelo poder de seu rei.

Os deuses estão em silêncio

Há muito tempo, quando o planeta era verde, o poder brutal dos primordiais sobrepujou o dos deuses. Hoje, Athas é um mundo sem divindades. Não existem clérigos, paladinos, nem profetas ou ordens religiosas. Na falta da influência divina, outros poderes ganharam proeminência no mundo. O poder psiônico é bem conhecido e amplamente praticado em Athas; mesmo monstros não inteligentes do deserto podem ter habilidades psiônicas mortais. Xamãs e druidas clamam pelos poderes primordiais do mundo, que freqüêntemente é esculpido pela influência do poder elemental.

Monstros ameaçadores vagam pelo mundo

O planeta deserto possui sua própria ecologia mortal. Muitas criaturas que possuem similares em mundos mais amenos, morreram ou nunca existiram em Athas. Athas não possui gado, suínos ou cavalos; ao invés deles, as pessoas criam rebanhos de erdlus, montam kanks ou crodlus e puxam vagões com inixes e mekillots. Criaturas selvagens como leões, ursos e lobos são raros. Em seus lugares existem terrores como o demônio id, o baazrag e o tembo.

Raças familiares não são o que você espera

Os estereótipos típicos da fantasia não se aplicam aos heróis athasianos. Em muitos cenários de Dungeons & Dragons, elfos são habitantes das florestas sábios que guardam suas terras de invasores malignos. Em Athas, os elfos são uma raça nômade de pastores, saqueadores, traficantes e ladrões. Os Halflings não são uma uma raça amável que vive nos rios; eles são caçadores de cabeça xenofóbicos e canibais que caçam e matam invasores de suas florestas nas montanhas. Goliaths – ou meio-gigantes, como são conhecidos – são mercenários brutais que servem como a guarda de elite e executores das ordens dos reis bruxos e seus templários em muitas cidades.

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.