Estou narrando uma campanha desde fevereiro e somente agora os personagens que começaram naquela época atingiram o quarto nível e muito material foi lançado de lá pra cá.

Além disso, os jogadores amadureceram as idéias sobre a quarta edição, embora muita coisa ainda seja novidade para eles, afinal estamos num processo constante de aprendizado e os conceitos que eles desenvolveram para seus personagens a 10 meses, embora seja o conceito com o qual eles desejam continuar jogando, podem não ter sido bem explorados na escolha dos números que compõe o personagem.

Algumas combinações de poderes provavelmente não trabalhavam da forma que eles haviam imaginado e nem permitiam uma interação maior entre eles [os poderes] numa situação de combate, o que tornava os combates menos interessantes e acabam frustrando o jogador, senão o grupo todo.

A opção de retreinar é muito válida, mas funciona muito melhor quando se trata de jogadores que fizeram os personagens de seus sonhos e fazem apenas pequenos ajustes quando estes são necessários.

O que fazer então quando o jogador quer manter o conceito do personagem, mas não está gostando da forma como os números em sua ficha de personagem estão se comunicando? Quando os atributos, perícias, talentos e poderes não correspondem ao que eles queria? Vale a pena adiar a adequação do personagem por vários níveis, retreinando aos poucos ou o melhor é deixar que uma modificação mais drástica seja feita em prol da diversão?

Optando pela segunda opção, deixei que os jogadores dos três personagens que alcançaram o terceiro nível ajustassem todos os pontos que eles consideravam relevantes para a formação de seu personagem, incluindo itens mágicos, ajustando o ouro que eles deveriam ter por nível e é claro, poderes,  perícias, talentos e até atributos, mas com uma condição, os conceitos do personagem deveriam permanecer os mesmos, eles poderiam apenas ajustar-se melhor a eles.

A primeira coisa que percebi é que os jogadores ficaram mais satisfeitos e empenharam-se na escolha de tudo que pudesse fazê-los desempenhar seus papéis com mais eficiência e eficácia. Em seguida vi eles imaginando as possibilidades de interação entre eles e os demais personagens, criando uma verdadeira sintonia entre eles.

Quando o processo foi finalizado, a primeira partida com os novos personagens e a experiência foi muito motivadora para todos, que conseguiram sobrepujar um desafio com certa tranqüilidade, agindo como eu nunca vira antes, em grupo.

Quando por algum motivo o jogo não está fluindo muito bem, tentar uma opção além do retreino, mesmo que ela seja drástica, parece ser a melhor opção para trazer ainda mais motivação e interação para a mesa de jogo.

Por acaso isso já aconteceu com vocês? Se sim, comente suas experiências! Você concorda? Se não, deixe-nos saber seu ponto de vista.

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.