Você está longe das mesas de RPG a muito tempo? Tem desenvolvido os sintomas de abstinência? Ficou afastado tanto tempo que nem lembra quando foi a última vez que leu um blog ou assistiu um vídeo sobre RPG? Tem interesse em recomeçar e não sabe como?
Nos ultimos meses comecei a desenvolver os sintomas de abstinência rpgística. Estou a quase um ano longe da criação de mundos e já apresentei insônia, tremores, ansiedade, disforia, inquietação e agitação. Já ensaiei meu retorno diversas vezes, já tendo me dado conta de que imaginar é o maior dos meus vícios.
Quando chegamos nessa fase, perdemos a seletividade (se tínhamos alguma), e não nos importa mais se vamos jogar com veteranos ou novatos. O importante é sentar ao redor de uma mesa, fazendo um círculo no chão e criar uma boa estória.
Revisitamos nossa biblioteca (física e/ou virtual), selecionamos um sistema de regras, uma ambientação, criamos um pequeno esboço da aventura que desejamos narrar, ou mesmo uma aventura completa, dependendo do seu nível de ansiedade e tempo livre.
As vezes paramos para ler uma daquelas aventuras prontas que planejamos durante meses ou anos narrrar, mas que sempre ficava de lado. Fazemos alguns ajustes, algumas adaptações para se enquadrar em nossos gostos pessoais e se já temos um pequeno time de jogadores em mente, já prevemos até os possíveis desfechos e continuações.
Mas por onde começar, ou recomeçar?
O tamanho do grupo
A primeira coisa é reunir o grupo, que não necessariamente precisa ter o tamanho padrão – quatro a seis jogadores – podendo ser menor, o que exigirá apenas um cuidado especial se você estiver usando aventuras prontas e estiver planejando os encontros, considerando, é claro, o sistema de regras a ser utilizado.
O ponto positivo em começar com um grupo pequeno é que a compatibilidade de agenda se torna mais fácil, reduzindo as chances de frustração natural pelo não comparecimento de jogadores à sessão.
– Reduza todas as possibilidades de frustração quando se está retornando ao vício hobbie.
A escolha do sistema
Por mais que eu me sinta confortável com alguns sistemas mais robustos, com regras mais complexas, costumo evitá-los no recomeço, principalmente se me escapar a habilidade de simplificá-lo a ponto de traumatizar os jogadores e logo de primeira, perder a possibilidade de emplacar um grupo de jogo regular.
Alguns sistemas robustos são suficientemente modulares a ponto de permitir regras mais simplificadas e que melhorem a experiência dos envolvidos.
Foque na experiência dos participantes
Minha maior preocupação no recomeçar, é que os participantes tenham uma experiência agradável, tão agradável, que ao final da sessão, o maior questionamento seja “quando jogaremos novamente?”. Os jogadores precisam querer continuar, e querer continuar intensamente.
Uma sessão piloto
A sessão de recomeço, deve ser uma Sessão Piloto, logo, deve possuir inúmeros elementos que prendam a atenção dos jogadores. Ela pode ter um arco da história encerrado, mas deve deixar muitas pontas soltas que os jogadores sintam interesse em seguí-las e queiram fazê-lo.
Essa sessão é onde você vai vender o seu peixe e garantir que os clientes voltem e possam ser videlizados, criando uma experiência de recomeço realmente impactante.
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Por enquanto, estes são os meus dois centavos sobre o tema do bom (re)começo. Espero recomeçar em breve e que o recomeço seja impactante, com potencial de criação de um grupo de longa duração.
Fiquei um tempo sem jogar, o que me gerou inúmeros problemas, hoje jogo online, com um grupo que posso chama-ló de “velha guarda”, tudo que se encontra neste artigo eu usei meio sem saber, sessão zero, o sistema, a proposta de jogo e outras coisas…. Ah, sim… fico feliz pela volta dos conteúdo aqui no blog
Grande Alan Sampaio, companheiro de aventuras.
Fiquei imensamente feliz em ver que as dicas que trato neste artigo fazem sentido e que foram úteis, embora antes mesmo de serem publicadas.
Forte abraço.