Quem nunca leu em alguma matéria a máxima rpgística “never split the party“?
Esta máxima parece ser extremamente válida, mas apenas para aquelas aventuras do tipo hack-and-slash, onde os personagens se vêem confrontando uma interminável horda de inimigos e as habilidades individuais de cada membro do grupo são complementares.
Eu entendo, compreendo e aprovo o sistema cooperativo, que o torna tão diferente de outros jogos, mais individualistas e focados nos dramas pessoais de cada personagem.
Em 2013 eu falei sobre a série Desafios das Classes, uma série muito interessante que traz aventuras solo para as principais classes:
- Clerics Challenge
- Clerics Challenge II
- Fighters Challenge
- Thief’s Challenge
- Thief’s Challenge II
- Wizards Challenge
- Wizards Challenge II
Com o advento da quinta edição de D&D, adaptar aventuras de qualquer edição tornou-se extremamente fácil e eu vejo com excelente olhos as aventuras solo, pois permite que os jogadores consigam focar em seus personagens, desenvolver suas habilidades e entender melhor o sistema.
Meu interesse foi particularmente reavivado pela leitura do romance The Companions, primeiro volume da série The Sundering.
No romance, personagens icônicos dos Reinos, vivem aventuras solos ao longo de anos até encontrarem-se novamente.
Embora em muitos momentos eles formem grupos temporários, são as cenas nas quais eles estão sozinhos, enfrentando situações mortais, que caracterizam completamente esses personagens e a forma como eles se viam em uma outra vida.
Embora D&D seja sobre aventuras em grupo, explorar cada personagem em aventuras individuais, pode ser uma ótima forma de fazer com que os personagens se tornem únicos e dissociados da concepção do “never split the party“.
Sempre que puder, seja através de uma side quest ou de pequenas campanhas, forme grupos pequenos e deixe-os explorar os mundos maravilhosos, criados por nossas imaginações.
Até mais.
Texto pequenininho mas muito bacana Francs. Me lembrou muito as boas épocas que eu mestrava e podia narrar em separado.
De fato, a campanha que eu e meu grupo mais adoramos (já finda há muito) era basicamente isso, os personagens se uniam apenas esporadicamente, e era excelente.
O negócio é que hoje em dia, ou ao menos até as últimas vezes que pude mestrar, o tempo é tão escasso e os jogadores são tão dispersos (celular, videogame, etc) que separar o grupo é receita pra o jogo não render nada. E falta tempo pra chamar pra sessões individuais.
O jeito, então, foi seguir apenas com a campanha solo da patroa…