A mídia irresponsável

Recentemente terminei de ler o livro Blog – Entenda a Revolução que Vai Mudar seu Mundo, escrito por Hugh Hewitt que mostra a evolução dos blogs e os “estragos” que eles tem feito no mundo nos últimos anos – estragos benéficos eu diria.

Hewitt mostra alguns casos interessantes onde os blogs exerceram grande impacto para a mudança de paradigmas e tem influenciado a opinião de pessoas – nos Estados Unidos e no mundo.

Um dos pontos que ele bate mais forte em seu livro é o descrédito que a mídia hegemônica vem sofrendo, causada principalmente por sua própria falta de profissionalismo.

Eu, como leigo no assunto, vejo as redações dos jornais (impressos e televisionados) como a sala de J. J. Jameson dos quadrinhos do Homem Aranha, um homem que manipula os fatos para vender jornais. Isso faz com que a imparcialidade que deveria existir nos jornais seja apenas uma palavra hipócrita usada pelos profissionais do jornalismo.

Os jornais não precisam ser completamente imparciais para serem confiáveis, eles só precisam ser menos tendenciosos e se aterem aos fatos sem os sensacionalismos de tablóides.

Essa visão sensacionalista e tendenciosa, característica dos jornais e telejornais brasileiros, tem sido responsável por um descrédito cada vez maior ao longos dos anos, principalmente quando eles ainda tem a capacidade de influenciar a opinião de tantas pessoas, que vêem nesse formato de mídia a sua ligação com o que acontece no mundo.

Eu sou contra a censura, afinal todos os indivíduos deveriam ser capazes de se expressar, desde que sua forma de expressão não seja nociva, como no caso de pensamentos pré-conceituosos e terroristas, mas acredito que os maus profissionais deveriam ser defenestrados do meio jornalístico.

Fica a pergunta: Por que devender que os jornalistas tem que ter diploma se eles não aprendem nada sobre ética na universidade? Ao invés de serem formadores de opinião eles são instrumentos de manipulação irresponsável, servindo aos interesses de poucos e ganhando dinheiro em cima de sensacionalismos, transformando tragédias em grandes shows.

Infelizmente ainda vamos sofrer um pouco com a mídia irresponsável, mas é papel dos blogs, com seu público fiel e dirigidos por formadores de opinião, alertar e denunciar os comportamos irresponsáveis dos ditos “jornalistas”, que não passam de carniceiros irresponsáveis capazes de atrocidades para serem vistos, mas incapazes de reconhecer o erro e que quando o fazem, o fazem sem fazer.
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  1. Salve,É claro que existem inúmeros problemas com o jornalismo. Eles devem ser apontados e corrigidos. Mas não diria que o jornalismo é um problema, o que pode ser concluído a partir de uma generalização envolvendo irresponsabilidade e incompetência, especialmente por parte dos grandes veículos.

  2. Franciolli Araújo

    Salve Hentges e obrigado pela sua participação.Eu reconheço a importância do jornalismo, só não reconheço a necessidade de um pseudo jornalismo que sobrevive de shows criados a partir de acontecimentos e que dirige de forma equivocada a opinião pública.Acho que o que vejo hoje é a perda da essência do que deveria ser o jornalismo.

  3. Salve,De fato. Só posso concordar com você depois de assistir à matéria da Band (acesso através do Terra) falando que o assassinato ocorreu durante um “Ritual de RPG”, seja lá o que isso for. Entretanto, a matéria do Jornal Hoje sobre RPG foi bastante favorável.Mas, como diziam os meus professores, a soma de parcialidades não produz imparcialidade. Quisera nunca fossem necessários esclarecimentos posteriores, bastando o tratamento isento de um tema desde a abordagem inicial.

  4. Por que devender que os jornalistas tem que ter diploma se eles não aprendem nada sobre ética na universidade?Porque quem defende o fim do diploma está trabalhando ativamente para um jornalismo cada vez menos responsável. Se o jornalista não aprende ética na faculdade é um problema da faculdade. Agora, o que me garante que o médico que vai escrever a notícia sobre hospitais não vai fazer corporativismo? O professor que escreverá sobre o novo secretário de educação será isento, mesmo que o novo secretário seja o seu chefe? Quem mais tem a lucrar com esta situação é a própria mídia que agora pode cortar custos o quanto quiser. Por queocntratar um jornalista para falar de moda, quando a costureira ali da esquina pode fazer o serviço?Querendo ou não o mundo está mudando. Ao invés de dar fim a regulamentação, poderia ser feito um movimtno para atualização do curso de jornalismo.

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