Hexcrawl e viagens são temas que me interessam muito em RPGs, e a convite do grande Joaquim Pixito, batemos um papo bem interessante sobre a abordagem desses temas no RPG.
A conversa é longa, mas se você tiver interesse pelo tema, é possível que possamos debater o assunto e desenvolver algumas coisas.
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.
Nossa… Eu adoraria ter os livros de AD&D, infelizmente não tive oportunidade nem de conseguir em sebos. Engraçado, que a grande maioria dos meus primeiros personagens eram ladinos mas em algum momento do caminho até aqui eu comecei a jogar com guerreiros e nunca mais mudei de preferência!
Explorar os mundos de jogo, seja sua geografia ou sua história, se tornou uma experiência eu aprecio mais em jogos de RPG e infelizmente tive poucas oportunidades para ter como jogador. Acho que percebi isso enquanto mestrava uma aventura ambientada em Forgotten Realms, enquanto o personagem do jogador viajava entre Cormyr e A Terra dos Vales tendo que passar pelos Picos do Trovão. Foi naquela partida que eu percebi que a geografia do cenário se tornou um elemento do jogo e mais tarde, quando o personagem do jogador viu que teria que fazer a viagem de volta. Ele evocou o sentimento do risco da viagem sem ainda nem estar de fato começado o caminho de volta!
Até então minhas experiências foram mais explorando viagem como elemento de narrativa, hexcrawl mesmo, infelizmente nunca joguei. Um dia, quem sabe.
Muito bom as experiências e o conhecimento compartilhado na conversa! Valeu!
PS: acho que o “crawl” do hexcrawl veio originalmente do “dungeoncrawl” não? Para mim não é exatamente empregado no sentido literal, acho que é mais ou menos como nós usamos a expressão “rato de biblioteca” para dizer que alguém está enfurnado em determinada atividade.
Eu consegui comprar o LdJ e o LdM no Mercado Livre em bom estado de conservação, já o MM tive que recorrer ao Apollo para imprimir e encadernada, pois as cópias disponíveis eram caras e sem condição de uso.
Eu acredito que como as aventuras oficiais não trazem esses aspectos de viagens, as pessoas acabam sendo “não incentivadas” a fazer o mesmo, perdendo assim aspectos interessantíssimos das histórias.
O fato de que esse tipo de aventura exige um ritmo mais lento para ser conduzido – na minha opinião – faz com que as pessoas de forma geral prefiram algo mais “direto ao ponto”.
Sobre a etimologia da palavra, dungeoncrawl (segundo minhas pesquisas), foi usada pela primeira vez em 1980 em um fórum (ou algo assim), mas o hex crawl já existia no material original, daí a minha opção por referir-me a ele como uma exploração lenta de uma localidade (no caso de um hexágono), mas, é claro, a verdade pode ser diferente :).
Meu momento de egéria foi bem parecido com o do camarada Wevanne e eu descobri que minhas aventuras poderiam ser sempre duas aventuras: uma na ida, outra in loco. Isso deixou meus jogos mais lentos e arrastados? Sim, deixou, mas também passaram a ser sobre jornadas, não somente sobre destinos.
Além do mais, estou deliberadamente na contramão dessa pressa que nossa sociedade hodierna nos impõe. Quem disse que estamos (os jogadores e eu) com pressa em contar alguma história?
Nossa… Eu adoraria ter os livros de AD&D, infelizmente não tive oportunidade nem de conseguir em sebos. Engraçado, que a grande maioria dos meus primeiros personagens eram ladinos mas em algum momento do caminho até aqui eu comecei a jogar com guerreiros e nunca mais mudei de preferência!
Explorar os mundos de jogo, seja sua geografia ou sua história, se tornou uma experiência eu aprecio mais em jogos de RPG e infelizmente tive poucas oportunidades para ter como jogador. Acho que percebi isso enquanto mestrava uma aventura ambientada em Forgotten Realms, enquanto o personagem do jogador viajava entre Cormyr e A Terra dos Vales tendo que passar pelos Picos do Trovão. Foi naquela partida que eu percebi que a geografia do cenário se tornou um elemento do jogo e mais tarde, quando o personagem do jogador viu que teria que fazer a viagem de volta. Ele evocou o sentimento do risco da viagem sem ainda nem estar de fato começado o caminho de volta!
Até então minhas experiências foram mais explorando viagem como elemento de narrativa, hexcrawl mesmo, infelizmente nunca joguei. Um dia, quem sabe.
Muito bom as experiências e o conhecimento compartilhado na conversa! Valeu!
PS: acho que o “crawl” do hexcrawl veio originalmente do “dungeoncrawl” não? Para mim não é exatamente empregado no sentido literal, acho que é mais ou menos como nós usamos a expressão “rato de biblioteca” para dizer que alguém está enfurnado em determinada atividade.
Eu consegui comprar o LdJ e o LdM no Mercado Livre em bom estado de conservação, já o MM tive que recorrer ao Apollo para imprimir e encadernada, pois as cópias disponíveis eram caras e sem condição de uso.
Eu acredito que como as aventuras oficiais não trazem esses aspectos de viagens, as pessoas acabam sendo “não incentivadas” a fazer o mesmo, perdendo assim aspectos interessantíssimos das histórias.
O fato de que esse tipo de aventura exige um ritmo mais lento para ser conduzido – na minha opinião – faz com que as pessoas de forma geral prefiram algo mais “direto ao ponto”.
Sobre a etimologia da palavra, dungeoncrawl (segundo minhas pesquisas), foi usada pela primeira vez em 1980 em um fórum (ou algo assim), mas o hex crawl já existia no material original, daí a minha opção por referir-me a ele como uma exploração lenta de uma localidade (no caso de um hexágono), mas, é claro, a verdade pode ser diferente :).
Meu momento de egéria foi bem parecido com o do camarada Wevanne e eu descobri que minhas aventuras poderiam ser sempre duas aventuras: uma na ida, outra in loco. Isso deixou meus jogos mais lentos e arrastados? Sim, deixou, mas também passaram a ser sobre jornadas, não somente sobre destinos.
Além do mais, estou deliberadamente na contramão dessa pressa que nossa sociedade hodierna nos impõe. Quem disse que estamos (os jogadores e eu) com pressa em contar alguma história?
Me enche de alegria que saber que não estou só no desejo de apreciar as paisagens.