Saudações.
Em meados dos anos 90 entrei em contato com o RPG, a princípio pelo clássico Advanced Dungeons & Dragons, publicado no Brasil pela Abril.
Ávido por novos jogos, logo fui apresentado ao sistema Storyteller e como primeiro título jogado, aquele que fez tanto sucesso e gerou muitas polêmicas: Vampiro: A Máscara.
O jogo, sem dúvida, era uma quebra de paradigma do que estávamos habituados jogando AD&D, com aventuras mais focadas em masmorras e dragões.
A proposta do jogo era diferente. Jogadores interpretando os monstros, que tentavam a todo custo manter a sua humanidade e não sucumbir à Besta! Bem, pelo menos essa era a proposta do jogo, que acabava não se concretizando nas mesas, pelo menos não na maioria delas.
Isso, é claro, gerou uma guerra de fãs que dura até hoje, embora alguns teoricamente tenham amadurecido e não se deixem levar pela clássica briga “D&D é só porrada” e “só se interpreta em vampiro” ou coisas do gênero.
No ano de 1996 foi produzida uma série, Kindred: The Embraced, baseada no RPG e có-dirigida por Mark Rein-Hagen.
A série só teve oito capítulos e girava em torno das dificuldades do Príncipe da cidade de São Francisco, Julian Luna em manter a Máscara e manter seus laços mortais.
Para os fãs de Vampiro: A Máscara não direi que a série é obrigatória, mas vale a pena assistir, ainda que seja para dar boas gargalhadas. Em virtude do baixo orçamento, muitas das cenas eram gravadas de dia. Dessa forma, os vampiros poderiam andar de dia, desde que estivessem alimentados.
Acho válido observar a série para perceber que até mesmo aqui, a proposta inicial do jogo falhou. Ele não traz o horror pessoal como proposta central, mas o jogo de poder que envolve a sociedade dos mortos-vivos e uma quantidade razoável de ação, com direito a munição de fósforo e decapitações.
Estão representados no seriado os principais clãs:
- Ventrue
- Toreador
- Gangrel
- Nosferatu
- Brujah
- Assamita (episódio 6)
Os clãs ficaram extremamente estereotipados (com exceção dos Nosferatu que não são tão monstruosos assim), o que algumas vezes soa forçado, mas ele soa extremamente nostálgico para mim, razão pela qual dediquei alguns minutos a relembrar desta série.
Abraços.
Comecei a ver a série e achei assistível… Como única referência de VaM na TV, achei válido, pelo menos.
Saudações Mike.
Acredito que a única coisa que a torna interessante realmente, é ser uma referência ao jogo.
Particularmente ainda não vi uma adaptação de nossos jogos favoritos para a telinha ou telona que fosse realmente boa.