Saudações, operativos.

Esta semana a Wizards of the Coast anunciou as capas, os preços e as datas de lançamento dos livros que irão compor o novo D&D, preços que estão em média $9 mais baratos na Amazon. O anúncio movimentou as redes sociais (pelo menos a ala nerd delas), que parece ter recebido a notícia com grande entusiasmo, como se a nova edição de Dungeons & Dragons pudesse trazer de volta elementos que ficaram de fora na edição anterior, com ganhos para a base de fãs.

A empresa também anunciou a Adventurers League, que o Epic Kingdom foi rápido em publicar uma tradução (confiram aqui).

UMA LIGA DE AVENTUREIROS

Eu gosto desse sistema de aventuras. Eu aprendi a gostar deste sistema de aventuras, que são extremamente úteis, principalmente, para mestres que querem jogar e dispõe de pouco tempo para preparar as aventuras – sim, ainda temos que preparar aventuras de D&D e isso faz parte da graça deste sistema. Porém, o que não me agrada é o formato.

As aventuras da RPGA permitiam que jogássemos no conforto de nossas casas, boas aventuras (excelentes apenas as adaptações), com um sentido de continuidade e que por muito tempo, com os reports, criou a ilusão nos meus jogadores que seus personagens estavam fazendo parte de algo maior.

Quando as aventuras passaram a ser enviadas ou liberadas apenas para lojistas, na tentativa de criar espaços dentro das lojas e incentivar o consumo de produtos na loja, alguns grupos que não se sentiam confortáveis em ir a lojas, simplesmente abandonaram o formato de eventos sancionados e as cidades que não dispunham de lojas (de acordo com o IBGE, nem todas as cidades brasileiras possuem lojas de RPG) abandonaram definitivamente o formato.

O Adventurers League não parece inovar a fórmula:

  • os jogadores criarão personagens baseados em uma forma padrão e evoluirão seus personagens de acordo, ganhando itens certificados que farão com que eles possam participar de qualquer evento sancionado com aquele personagem;
  • os mestres não precisarão de grande esforço para preparar as aventuras e serão recompensados pelo esforço de mestrar, o que me lembra as miniaturas que muitos mestres ganhavam por mestrar eventos sancionados;
  • os organizadores dos eventos, que poderão acontecer em lojas ou convenções, ganhará a certeza de ter sempre algo novo e pessoas na loja.

Com tudo isso, embora o novo Dungeons & Dragons tenha me empolgado muito desde os primeiros playtests, simplesmente não consigo ficar empolgado com este programa, que parece mais do mesmo e por enquanto nem tem algo programado para fora do eixo americano. Ainda assim, como a primeira aventura (campanha) da liga será o Tyranny of Dragons, aventura que já está em pré-venda na Amazon, fico na expectativa que todos os grandes arcos sejam comercializados em produtos de alta qualidade que não sejam exclusivos das lojas, e que o sistema de recompensa também seja liberado, pelo menos, para quem comprar os produtos.

No mais, só podemos aguardar com ansiedade (me refiro exclusivamente a base de fãs de D&D), pelos livros que estão para chegar e esperar que uma nova era de ouro do Dungeons & Dragons esteja se aproximando.

Que a verdade ilumine o seu caminho!

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.