The God that Crawls é uma aventura para Lamentations of the Flame Princess, escrita por James Edward Raggi IV, ilustrada por Jason Rainville e com cartografia de Devin Night.
A proposta do James Raggi é simples, mostrar aos jogadores que nem toda masmorra pode ser explorada no ritmo deles e muito menos a vitória em um combate é uma questão apenas de preparação e curas na hora certa. É uma aventura mortal se encarada com a abordagem usual dos jogadores.
“Aventureiro é definido como alguém que procura por problemas. Aventura é definida como os problemas que os aventureiros procuram.”
Esta aventura requer um ritmo mais rápido, mais intenso, tanto da parte dos jogadores, quanto do narrador, e tem grandes chances de fazer jogadores e narradores suarem em suas cadeiras.
Como qualquer produto de LotFP, esta aventura pode gerar um desconforto em pessoas que não consigam separar a ficção da realidade, por tratar de um tema cristão.
Como eu já havia comentado nas redes sociais e aqui mesmo no blog, mesmo não jogando LotFP, ler o que o insano Raggi escreve é esclarecedor e ajuda narradores a tornar suas ambientações mais verossímeis, emprestando um sentimento real de terror, algumas vezes de forma até exagerada e escatológica, mas o mercado de RPG já provou que existe espaço para isso também.
The God that Crawls consegue evocar um sentimento mais profundo, por ser ambientado em um cenário conhecido, e talvez bem explorado em várias ambientações medievais, enraizadas na Catedral de Canterbury, na Inglaterra.
Explorar a masmorra do deus que rasteja, pode revelar inúmeras surpresas, grandes poderes, terríveis maldições e até mesmo a destruição completa, não somente de todos os aventureiros, mas de algo muito maior.
Uma aventura extremamente desafiadora, na qual os jogadores (principalmente) tem que correr, para encontrar uma saída para seus personagens ou perdê-los definitivamente.
As aventuras de LotFP são ótimas para DCC RPG também. Elas tem um quê de terror e Wierd Fantasy que caem como uma luva para o DCC.
Eu iria até um pouco mais além Diogo. Eu acho que elas são muito fáceis de serem adaptadas ao BRP também, emprestando alguns elementos do Call of Cthulhu.
Franciolli, é muito grande esta dungeon? Estou pensando em comprar a aventura, mas se a masmorra for grande nem vou usar :/
E sim, parece muito legal (na verdade esse comentário é só pra o blogger me notificar quando vc responder minha pergunta :P)
A dungeon tem 37 salas divididas em três níveis e nem todas as salas podem/devem/precisam ser exploradas. Ela pode ser usada como uma corrida contra o tempo, pois se correr o bicho pega e se ficar o bicho come, literalmente.As 57 páginas do livro (incluindo ilustração, capa e contra-capa) tem muito material que pode ser aproveitado e encontram-se na dungeon. Só um item é descrito em seis páginas.