A Wizards of the Coast voltou a vender PDFs de edições antigas em seu site D&D Classics, e está a todo vapor reimprimindo livros antigos. Ano passado foi a vez do AD&D1E, o grande amor dos americanos. O resultado deve ter sido ótimo, pois agora eles tem planos de imprimir suplementos e aventuras em capa dura. Como se não bastasse, foi reeditado a edição 3.5 em livros premium com a última errata, e foi divulgada uma edição especial do D&D Original que vai ser lançado em uma belíssima caixa. O lançamento do AD&D 2E também está iminente, e acredito com todas as forças que logo logo o B/X também vai ser reimpresso. Nunca houve uma épcoa tão boa para os fãs de oldschool.
Isso significa que a Wizards ouviu os clamores dos jogadores da OSR, que não aguentavam mais as novas edições. A pergunta é: o que isso significa para o futuro dos retroclones? Eu não me refiro aos golems que são mais uma versão do que um clone dos jogos antigos, como por exemplo o Dungeon Crawl Classics, Lammentations of the Flame Princess, e Adventurer Conqueror King – e Old Dragon, por que não – mas sim a santa tríade do Old School:
Eu pessoalmente vejo pouco ou nenhum motivo para adquirir um OSRIC ao invés de comprar os livros originais escritos pelo Gygax. A caixa premium do D&D Original é muito mais interessante do que uma cópia POD do Swords & Wizardry. E assim que a WotC lançar o B/X do Moldvay/Cook, pode ter certeza que irei comprar o mais rápido possível, tirando completamente meu interesse pelo Labyrinth Lord.
Lançados como uma alternativa ao D&D moderno, para quem não tinha mais acesso aos livros antigos, é bastante irônico que santa tríade dos retro-clones perca relevância justamente quando o OSR está mais forte do que nunca. E vocês, o que acham? Será que a santa tríade permanecerá forte nessa transição?
Veja bem, eu não acho que os Retro-Clones perdem sua utilidade. Muito pelo contrário. Um monte de material deles pode ser usado com os jogos originais. Além disso, eles trazem praticamente as mesmas regras mas apresentadas, muitas vezes, de formas mais claras, menos ambíguas. O Labyrinth Lord, por exemplo, trás todo o conteúdo do Basic e Expert em um livro só, de uma forma mais organizada, e com coisas a mais, até. Tem gente que usa ambos os livros na mesma mesa, por exemplo.
A opinião de quem joga com certeza vale mais que a minha, que sou apenas um admirador. Valeu Diogo!
Old Dragon se declara um RetroGolem e realmente tem muitas funções mecânicas aperfeiçoadas que me irritariam em retroceder ao voltar aos clássicos.Outro ponto é a facilidade de acesso linguístico aqui no mercado nacional.Sem falar que o que o Diogo Nogueira fala sobre os retroclones procede. Creio que isso abre uma gama de desafios para eles, mas não findará quem souber contornar!
Com toda a movimentação e maior acessibilidade dos livros importados hoje, ainda me vejo esbarrando muito nas barreiras linguísticas e o público brasileiro (hoje menos) carece de produtos em nosso idioma, de forma que a menos que a Devir, ou outra editora que possa, resolva trazer este material para o nosso idioma, nenhuma diferença será vista no mercado nacional, que já tem o Old Dragon, que RetroGolem ou não satisfaz o mercado :)Excelente artigo Pedro.
Não vejo futuro para o Hobby que infelizmente está sendo cada dia mais substituido por video-games e incorporando elementos dos mesmos so pra agradar uma parcela de pessoas que não tem nada a ver com a arte do hobby
Salve, salve Skulmar e obrigado pelo comentário.
Interessante ver um artigo de quase 10 anos sendo comentado.
Eu particularmente acredito que a velha escola está cada dia mais viva e com mais e mais pessoas no Brasil experimentando esses sistemas, embora a maioria ainda prefira aqueles com uma pegada mais épica e parecida com vídeo games.
A comunidade dos jogos old school no Brasil cresceu muito. Ainda é um nicho dentro do nicho, mas é uma que vem ganhando cada vez mais espaço.