Magia é um aspecto tão fundamental de D&D que mesmo num cenário sem magia – essa é a premissa de Dark Sun Cenário de Campanha – a magia ainda existe. Seja a magia que os magos conjuram, seja com os itens mágicos, que pelo menos na 4ª edição, são muito mais comuns no cenário do que nas edições anteriores.
Quando anunciaram a nova edição de Forgotten Realms Cenário de Campanha, alardeando a morte da deusa da magia e a praga mágica, a primeira coisa que pensei foi “pelos deuses esquecidos, o que acontecerá com os itens mágicos e os personagens conjuradores?“, mas lendo um dos romances do cenário de campanha, no qual é narrada a guerra civil em Thay e o exato momento onde Mystra é assassinada e a praga mágica se inicia, tive a sensação de que a magia não seria banida dos reinos, pelo menos não DAQUELES reinos esquecidos.
Bem influenciado pelos novos RPGs traduzidos e/ou lançados por autores brasileiros, na febre Indie que vivemos no momento, conheci o Busca Final, livro do Giltônio Santos e Richard Garrell da Editora Secular Games. O RPG traz uma situação muito interessante e vale a aquisição, mesmo que você não vá jogá-lo, simplesmente pela premissa na qual se baseia: num mundo mágico, a magia desaparece COMPLETAMENTE e grupos de várias nações, por várias razões diferentes, iniciam buscas para descobrir o porquê da magia ter sumido, tentar trazê-la de volta, ou não.
Dark Sun Cenário de Campanha oficializou a regra dos bônus inerentes, balanceando (esse deveria ser o sobrenome da quarta edição) a questão dos combates, mas quando a questão é com outro cenário de campanha? Se fosse o caso de Forgotten Realms por exemplo? Os itens mágicos ainda são fortes em FR; Os maiores vilões são magos (ou nações deles) com um grande poder. Seria possível defenestrar thayanos e nethereses (vultos) de Forgotten Realms transformando o cenário em algo mais sombrio?
Outra pergunta que vez por outra me faço está relacionada aos seres mágicos: eles sobreviveriam a uma praga mágica? Os portais que existem entre os mundos seriam afetados?
Minha resposta pra tudo isso seria sim, claro que seriam afetados.
Viagens instantâneas entre planos? Finish!
Viagens instantâneas entre dois lugares distantes ou mesmo próximos? Finish!
Criaturas mágicas? Finish também, embora elas pudessem transformar-se em nativos, perdendo algumas de suas “qualidades” e ganhando outras, mas isso, dirão os mais entendidos do sistema, seria muito trabalho, mas eu digo que nenhum trabalho é muito quando o objetivo é a diversão 🙂
Feliz 2012 com ou sem magia.
Sempre tive ideias sobre a Magia em um ambiente clássico de Fantasia-Medieval: e se a magia fosse senciente? Se fosse algo maleável, capaz de alterar certos aspectos do tempo-espaço? E se fosse algo relacionado tão somente aos deuses?Cheguei a tentar bolar um cenário de jogo em que a magia existisse na Terra do século XXI. Mas esse projeto acabou sendo engavetado.
Obrigado por comentar Kamek.Amethyst, um cenário para a quarta edição de D&D, traz um cenário “moderno”, no qual a magia aparece, trazendo elfos, anões e outras criaturas para a nossa realidade.Ao que me parece, o cenário funciona, mas nunca o joguei para afirmar categoricamente. Sobre o seu projeto, acho que é hora de tirá-lo da gaveta :)Feliz 2012!