Participando da organização de alguns eventos que ocorrerão a partir do final deste mês e com base em experiências anteriores, filosofando, me perguntei: O RPG é um jogo de socialização, mas os grupos de RPG são sociáveis?
Essa pergunta nasceu de uma reflexão com base em muitos depoimentos de narradores com os quais tenho contato e no modelo de “evento organizado” do último Dia Mundial de D&D – Monster Manual 2 em Natal/RN. Alguns grupos só frequentam eventos SE e SOMENTE SE o narrador os convencer a ir e muitas vezes essa não é uma missão fácil.
Embora o jogo de RPG seja um jogo de sociabilização, os grupos não são sociáveis. Muito pelo contrário, eles são ostracistas e arriscaria até a dizer, xenofóbicos o que torna ainda mais difícil a participação desses grupos em eventos, pois o ambiente parece oprimí-los de alguma forma.
Daí me pergunto quais as justificativas que os grupos podem dar para não participar de um evento:
- Tem muita gente que discrimina o RPG. Se não souberem que eu jogo, não sofrerei preconceito.
- Tenho medo que digam que eu não jogo direito.
- Eu sei jogar muito mais do que todos os outros grupos.
- Meu grupo é muito bom e eu não preciso de mais ninguém.
- Putz! O evento vai ser justo no dia que eu marquei com o meu grupo para jogar a nossa sessão que já dura 5 anos!
- Não há nada que me atraia num evento sobre RPG, pois se é para reunir todo mundo ao redor de uma mesa, eu posso fazer isso em casa.
Claro que podem existir muitas outras desculpas, ou simplesmente motivos para que um grupo não vá a um encontro, como por exemplo, o grupo pode preferir jogar na praça de alimentação de um shopping lotado num domingo a ir a um evento, simplesmente porque no evento o barulho é grande!
Eu entendo que as razões para não ir são muitas, mas quais razões eu teria para ir?
- Fazer novas amizades;
- Conhecer novos jogos;
- Conhecer novas formas de jogos;
- Conhecer o que estão jogando;
- Descobrir que tem alguém perto da sua casa que quer jogar RPG mas não tem um grupo e que você está querendo alguém para juntar-se ao seu grupo;
- Reencontrar velhos amigos;
- Todas as alternativas acima e mais algumas.
Gostaria da ajuda de todos os narradores e jogadores que vão ler este post para definir o que atrairia grupos com perfis mais fechados aos encontros!
Até a próxima!
Antes de minha saída de Natal, participei do agora Tramplim da Vitória e cheguei a jogar com o pessoal das Noites Insones. Tendo ido a muitas mesas de jogos. Pra ser franco comecei a jogar RPG com pessoas que mal conhecia e minha primeira ansia foi por participar de eventos de RPG.Lembro-me quando entrei para o CEFET-RN a primeira coisa que pensei era que lá conseguiria jogar com outros jogadores que não da minha mesa, cheguei até jogar com o pessoal de lá em alguns casos. Até pouco tempo atrás com a minha mudança não tinha um grupo de RPG por aqui no Rio, resolvi então encarar um evento, o Bob’s Campo Grande e o Dia D RPG.Lá conheci pessoas e começamos a jogar, mesmo que somente nos eventos. Hoje participo no Bob’s Campo Grande como jogador e mestre de D&D4th, no Bob’s Tijuca como jogador e na Gibiteria como mestre. Por conta da experiência de eventos realizo como organizador o World Wide Game Day da WotC na Gibiteria, lá aparecem grupos que já jogam entre si, mas minha proposta de quando vou montar as mesas é de sempre propocionar aos mestres e jogadores uma mesclagem, misturando-os, para que possam ter novos integrantes em seus grupos ou que possam criar novos.Pra mim RPG é isso, integração e diversão, sempre!
Saudações Hoton.Se todo mundo tivesse uma visão como a sua, teríamos grandes eventos espalhados pelo Brasil e não teríamos problemas com divulgação do hobbie.Mas isso faz parte da cultura comodista a qual somos submetidos. Fico feliz que esteja organizando os eventos aí no Rio.