Ontem, na coluna Legends & Lores do Mike Mearls, fomos brindados com mais informações sobre a controversa versão Next do D&D.
De acordo com Mearls, os principais objetivos do D&D Next são:
- Criar uma versão que consiga abarcar os elementos mais tradicionais do jogo;
- Criar um conjunto de regras que permita uma transição fácil entre uma experiência de jogo simples, para uma experiência mais complexa.
Talentos
Os talentos entram como uma mecânica opcional, que poderiam ser escolhidas em detrimento a um bônus de +1 em um atributo. Um ladrão, ao invés de ganhar um bônus de +1 em um de seus atributos, poderia ganhar uma melhoria no dano do seu ataque furtivo e um mago poderia ganhar mais magias.
Contudo, os talentos não deverão aparecer no conjunto de regras básicas, sendo um módulo a parte, compondo um conjunto de regras opcionais.
Embora ainda não tenha nada finalizado, percebo uma preocupação – ainda que não possa dizer, sincera – de que alguns elementos possam ajudar a customizar o personagem focando em seu histórico, como por exemplo, um personagem marcial aumentando seu Carisma ou Inteligência ao invés de Força ou Destreza, que lhe dariam mais possibilidades de causar dano e acertar os ataques.
Os talentos também são uma forma de simular os patamares exemplares e épicos, como vistos no Dungeons & Dragons 4E.
Perícias e Históricos
Ao que parece teremos mais mudanças nas perícias, que até agora variaram de um bônus estático a um dado de bônus variável e compõe um pacote de histórico as quais estão associadas.
As perícias serão uma combinação do sistema de perícias das 3ª e 4ª edições e será completamente opcional – algo que duvido muito. O sistema porém é bem intuitivo. Para um personagem perceber algo (ver, ouvir, cheirar, etc.) um teste de Sabedoria é suficiente, isso sem usar o sistema de perícias, mas caso o sistema seja usado, o mestre pediria por um teste de observar, por exemplo.
Como existe a proposta de criar um sistema de bônus estático no sistema de perícias, sem que haja uma modificação nas classes de dificuldades.
Os Históricos fornecem um conjunto de opções chave que tornaram-se populares nos playtests e coletas de dados feitas pela Wizards: áreas de conhecimento, proficiência e benefícios.
Áreas de Conhecimento
Os personagens ganhariam um bônus de +10 em jogadas de Inteligência para recordar informações específicas sobre uma determinada área de conhecimento. Este bônus é estático e não aumenta com o nível.
O mestre criaria uma lista de informações, associadas a classes de dificuldades, por exemplo, 10 – 20 – 30. Um personagem que tivesse aquela área de conhecimento, saberia, sem a necessidade de jogadas, todas as informações presentes na CD 10, teria uma chance razoável de saber uma informação com CD 20 e embora difícil, um personagem com alta inteligência, poderia conseguir informações com CD 30.
Proficiência
As proficiências iriam bem além das armas, podendo cobrir instrumentos musicais, ferramentas de ladrão, etc. e abririam a possibilidade de realizar determinadas tarefas, por exemplo, um personagem sem proficiência em navegação, não poderia realizar jogadas de Inteligência, Força ou Destreza associadas a atividade, sem a necessidade de um conjunto de perícias.
Benefícios
O nome ainda é provisório e cobriria, por exemplo, todas as outras coisas que o personagem ganhasse com o histórico, por exemplo, nobres teriam acesso a pessoas poderosas e melhores acomodações. Um sábio sempre sabe onde procurar uma informação que ele não consegue recordar-se, enquanto um mercador pode falar vários idiomas e encontrar os melhores preços por produtos mundanos.
Classes
As classes foram planejadas assumindo que os sistemas de talentos e perícias não serão usados. Um talento de bônus NÃO poderá substituir as habilidades padrão que as classes ganham.
Guerreiros e ladrões melhorarão as habilidades que já possuem, ganhando mais características de classe, ganhando algumas características similares as tradições arcanas ou divindades dos clérigos.
Um guerreiro poderia escolher entre cavaleiro e gladiador. Um cavaleiro seria versado no uso de armaduras pesadas, cortesia e combate montado. Ele teria um bônus de iniciativa e poderia proteger aliados de perigos. O gladiador possui treino com uma grande variedade de armas e distingue-se por explorar as fraquezas e erros de seus inimigos.
Concluindo… ou não.
Ao que parece o conjunto de regras básico do D&D Next se assemelhará em alguns aspectos às edições mais antigas, e as regras opcionais são mais parecidas com elementos das edições mais modernas.
Acredito que muitos fãs estão gostando dos rumos que o D&D Next está tomando – eu sou um deles – mas reconhecem que muita coisa ainda precisa ser testada, modificada ou simplesmente removida.
Perícias e talentos podem até ser opcionais, mas os Históricos ganharam uma ênfase dentro do jogo, algo que particularmente me agradou muito.
E vocês? Estão acompanhando o D&D Next? O que estão achando?
Eu gostaria de testar o D&D Next pra poder ter uma opinião melhor fundamentada. Por enquanto eu gosto do que vejo, mas com “medo” do que virá.
Comecei a jogar como Druida e estou gostando. Apesar de ter jogado uma única vez ainda, me pareceu que os combates estão mais rápidos.Ótimo post!
sinceramente? mestrei umas aventuras, ate correu bem e tal, mas não por causa do sistema, ja havia mestrado a mesma aventura para mighty blade e me sai bem melhor(um grupo diferente, mas enfim). vou deixar eles terminarem totalmente o sistema, por enquanto fico com meu D&D 4 que adoro, e no aguardo do dungeon world que, segundo promessas, ainda sai esse semestre
Acho que ainda precisa melhorar muito, em especial no quesito “modularidade”.O Next tem apresentado idéias interessantes, mas que na prática, não tem sido das melhores idéias. E claro, o Next tem apresentado também -muitas- mecânicas que não são lá exatamente as mais populares…Enfim, é esperar que os designers acordem e comecem, de fato, a trabalhar ¬¬
Felipe, Mighty Blade é um sistema acabado, o Next ainda parece estar longe disso, mas já mostra algumas coisas bem definidas e que estão agradando um grande número de jogadores, principalmente lá fora.
Obrigado pela comentário Vinicius.Estive pensando sobre alguns aspectos do playtest do D&D Next e cheguei a conclusão que os caras foram muito corajosos em abrir um playtest tão grande, pois enquanto estiver em desenvolvimento e até mesmo depois de seu lançamento, ainda haverão pessoas que não vão gostar.D&D é isso mesmo, jamais vai agradar a todos, mas continuará sendo, ainda por um bom tempo, uma unanimidade.
Não tema meu amigo. Se o que vier não agradar, sempre teremos um Dungeon World para jogar 🙂
Pra mim, que sou um cara que não curte nenhuma encarnação do D&D até agora, o D&D Next me parece bem interessante. Eu quase tenho vontade de comprar os livros de regras quando forem lançados (algo que nunca ocorreu antes, rs). Dos D&D anteriores só me interessam os cenários.
MUITA gente compartilha de sua opinião Fagner 🙂
Tenho percebido isso. Mas veja, ainda não estou totalmente convencido. Provavelmente vou esperar a onda passar e um ou dois anos depois compro os livros básicos usados pela metade do preço pra matar minha curiosidade, rs.
rimou 😛
[…] Ao que parece, os resultados da pesquisa da última interação do D&D Next já estão sendo analisadas e a equipe de R&D está fazendo ajustes na implementação das subclasses, comentado brevemente neste artigo. […]