É verão no belo reino de Morvick, mas nesta noite em particular, um estranho nevoeiro cai sobre Vermont, uma vila movimentada no sul do reino.
A temperatura cai consideravelmente, forçando os moradores e se recolherem mais cedo em suas casas e os viajantes a protegerem-se do vento cortante ao lado da lareira em alguma estalagem.
A noite segue seu passo ritmado ao sabor de vinho barato servido nas estalagens, da cantoria desafinada e de prostitutas que fazem a alegria de quem procura um pouco mais de calor nesta noite atipicamente fria.
Por uma pequena fração de tempo o mundo escurece, envolto em uma terrível mortalha de trevas quase tangíveis que rouba o calor do corpo.
Até a luz das tochas desaparece em meio as trevas, ressurgindo em seguida para revelar uma cena perturbadora: com exceção de você, todos jazem caídos na taverna… dormindo, ou aparentemente mortos.
O silêncio é sepulcral e o único som que consegues ouvir é o de vossa respiração e o das janelas batendo ao sabor do gélido vento.
O que você faz?
Assim começou uma aventura de apresentação do Sistema Dungeon World que tem como proposta criar uma história misturando elementos do Ravenloft Cenário de Campanha e o sistema Dungeon World, que está na fase final da publicação pela RNDM Games e que está sendo traduzido pela Secular Games e com previsão de lançamento para janeiro de 2013.
Da aventura, a única coisa que planejei foi o texto inicial acima e mais nada, resolvendo deixar as coisas rolarem, afinal, a ideia principal era apresentar um sistema diferente para um público acostumado com Dungeons & Dragons 4ª Edição e as reações foram, no geral, muito positivas.
A narrativa seguiu de forma bem dinâmica e a aventura focou-se na fuga dos personagens de uma cidade para outra, com direito a parada em fazendas no meio do caminho para coletar um tesouro valiosíssimo: comida.
A ideia era mostrar aos personagens que eles são os únicos sobreviventes em um mundo que acabou de acabar, ou pelo menos parte dele, inspirado na grande explosão de energia negativa que destruiu Darkon.
Como eu só li a versão mais antiga do material, quase nada da versão final, os movimentos ainda davam uns nós, mas nada que atrapalhasse a dinâmica – as dúvidas ficavam comigo – , mas depois de lê-los, tenho certeza que uma segunda partida será ainda melhor.
Estou ansioso para ver a versão traduzida do Dungeon World, simplesmente porque sei que, para aqueles que buscam algo diferente de D&D o Dungeon World pode se tornar uma opção MUITO viável e para aqueles que gostam de ler RPGs, poderão usar vários elementos do jogo em suas sessões, inclusive de D&D.
Bacana o artigo. Fiquei pensando como seria mudar alguns dos moves, tanto os básicos quanto os do GM para adaptar para o Ravenloft. Nada drástico, apenas alguma coisa para mudar para o clima. Pode ser bacana, mas como eu não conheço quase nada de Ravenloft eu não sou a pessoa mais indicada para fazer isso.Eu gosto muito, muito mesmo do DW, mas tenho um problema com ele: ele foi feito para emular a sensação de old school. Seria legal um hack dele que tirasse essa sensação, já que ele de old school ele tem apenas o feeling – as regras são totalmente new school.Continue com os excelentes artigos enquanto eu passo pelo meu período de férias RPGísticas 🙂
Valeu Pedro!Ravenloft em essência é bem Old School, então não vejo problema em deixar como está. Seguindo um conselho do James Raggi, criador do Lamentations of the Flame Princess, não acho que seja necessário regras para emular o terror, então.Curta bem as suas férias, mas volte logo 🙂