Em Agosto de 2000, a Wizards of the Coast apresentou aos fãs de Dungeons & Dragons o D&D 3ª Edição, que ganhou em Junho de 2003 uma versão atualizada conhecida como Dungeons & Dragons 3.5, que na verdade pode ser considerado um D&D 3.0 com todas as erratas incluídas. As principais diferenças foram:

  1. Os Bárbaros passaram a receber uma quantidade maior de características de classe e melhorias, especialmente referentes a fúria bárbara;
  2. Os Bardos passaram a receber mais pontos de perícias e habilidades de música bárdica;
  3. Os Druidas passaram a conjurar magias de conjurar aliados da natureza espontaneamente no lugar de qualquer magia preparada, da mesma forma que os clérigos podiam conjurar magias de curar/infligir dano. Suas habilidades também foram revisadas e o companheiro animal foi melhorado, mas restrito a apenas um, tornando-se uma característica de classe, tornando o companheiro animal similar ao familiar do mago neste aspecto.
  4. Os monges sofreram diversas modificações em suas características de classe, alguns aspectos desequilibrados foram corrigidos e algumas habilidades antigas foram melhoradas.
  5. Os paladinos passaram a conjurar suas montarias ao invés de encontrá-las e também passaram a utilizar o poder destruir o mal mais frequentemente.
  6. Os rangers passaram a receber mais pontos de perícias e ganharam novas habilidades de classe, embora seus pontos de vida tenham sido reduzidos, além de poderem escolher especialização em lutar com duas armas (todos os rangers eram forçados a lutar com duas armas na 3ª edição) ou arqueria.
  7. Novas magias foram adicionadas, as que permanenceram sofreram diversas modificações e algumas foram removidas.
  8. Conjuradores de magias espontâneas passaram a poder mudar algumas de suas magias a medida que evoluiam.
  9. Novos talentos foram adicionados e vários outros foram alterados.
  10. Várias perícias foram rebatizadas ou foram incorporadas a outras habilidades.
  11. Monstros passaram a ganhar talentos e perícias como os personagens dos jogadores, normalmente resultando em mais pontos de perícias e talentos para cada monstro.
  12. O capítulo de combate no Player’s Handbook foi modificado para ampliar o foco no movimento e combate usando grids.

Esperava que a Wizards tivesse corrigido tudo com o 3.5, afinal, foram três anos de playtest, que resultaram nesta grande mudança, mas inúmeras outras erratas foram incluídas ao longos dos anos até o lançamento do Dungeon & Dragons 4ª Edição, que aconteceu cinco anos após o lançamento do D&D 3.5. O D&D 4E ganhou uma disfarçada edição 4.5 com os Essentials, que terminou preparando o terreno para mais uma nova edição de D&D, a criança que por enquanto está sendo chamada de Dungeons & Dragons Next, que deverá ser lançada em 2014, assumindo como verdade as declarações da equipe de designe de que teremos dois anos de playstests.

Neste final de semana, dediquei alguns minutos a leitura do Rules Cyclopedia, alguns outros livros da linha mais antiga e alguns bem mais recentes e cheguei as seguintes perguntas:

  1. D&D já teve, em alguma de suas edições, uma versão “finalizada”?
  2. Muitas das regras atualmente “em vigor” nas edições mais modernas do D&D, não seriam apenas regras opcionais antigas remodeladas e maquiadas para atender um novo público?
  3. O D&D Next visa atrair novos jogadores ou simplesmente recuperar sua base perdida de fãs que ficaram no caminho com as edições antigas?

A capa da nova edição de D&D?

Existem muitos outros questionamentos, mas qual as suas opiniões sobre estes em específico?

Compartilhe:
Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.