Após lançar convite aos internautas jogadores de RPG que moram em Parnamirim a vir aqui em casa para fazerem suas fichas do D&D Next, somente o Matheus Silva atendeu ao chamado e às 19:30 h encostou em meu portão com sua possante moto de 100 cilindradas.
Após apiar, entrar em minha casa e dirigir-se à mesa da cozinha, iniciamos os procedimentos experimentais para registrar o “evento” com o pomposo iPad 2 que ele (o Matheus) adquiriu recentemente.
Com o aparelho devidamente posicionado iniciamos a gravação e folheando o impresso do D&D Next iniciamos a confecção de sua ficha.
1. DETERMINANDO ATRIBUTOS
A determinação de atributos é simples, ou você joga 4d6 escolhendo os três maiores resultados ou distribui os valores 15, 14, 13, 12, 10 e 8 entre os atributos Força, Destreza, Constituição, Inteligência, Sabedoria e Carisma. Optamos pela distribuição dos valores fixos para garantir o equilíbrio entre os personagens.
Minha primeira reação foi “Os atributos estão com valores inferiores! O que está acontecendo?“, mas seguimos em frente.
2. ESCOLHA A RAÇA
O segundo passo é determinar a raça do personagem. Apenas quatro raças estão disponíveis: anões, elfos, humanos e halflings.
Cada uma das raças possui duas sub-raças, que possuem algumas características comuns e algumas características distintas, por exemplo, os anões podem ser das colinas ou das montanhas. Os anões das colinas recebem um bônus de +1 em Constituição, enquanto os anãos das montanhas recebem +1 em Sabedoria, além de outras habilidades características.
Expliquei as características de cada classe para o Matheus, e por fim ele escolheu a raça anão das colinas, que apresentou várias opções muito interessantes.
3. ESCOLHA A CLASSE
As classes também fornecem um modificador em um atributo, escolhido dentre três opções. Clérigos, por exemplo, podem escolher adicionar +1 a sus Sabedoria, Força ou Constituição.
Matheus foi direto ao ponto e não perdi tempo explicando as outras classes, fomos direto ao guerreiro, que foi reformulado com opções muitas interessantes de combate, a começar pelo expertise dice, que é usado em determinadas jogadas concedendo bônus ou sendo gasto para gerar algum efeito.
4. ESCOLHENDO UMA ESPECIALIDADE
As especialidades eram denominadas no playtest anterior como temas. O nome mudou, mas a funcionalidade é a mesma. Ao escolher uma especialidade, o personagem tem direito a talentos que são destravados no 1º, 3º e 5º nível.
Matheus escolheu a Especialidade Sobrevivente, que lhe concede +1d8 (ou +5) pontos de vida no primeiro nível, podendo ser escolhido novamente no 3º nível.
5. ESCOLHENDO UM HISTÓRICO
Parte opcional, mas acrescenta tanto ao personagem que acredito que a maioria das mesas do D&D Next usará essa opção, que tem perícias também atreladas a elas.
Matheus escolheu o histórico Soldado, que concede as perícias Observar, Intimidar e Sobrevivência, além de um posto militar pelo qual o personagem é reconhecido, permitindo que ele tenha acesso a descansar em um acampamento militar aliado ou determinados recursos quando em um local que seu posto seja reconhecido.
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O iPad parou de gravar com 49 minutos e o Matheus teve que partir.
Como a criação do personagem foi feita em concomitância a leitura do material, paramos algumas vezes para discutir algum aspecto da criação, o que tomou muito tempo e nem sequer chegamos na parte de compra de equipamentos, muito embora as classes e o histórico forneçam sugestões de posses iniciais.
O anão guerreiro criado pelo Matheus me pareceu muito interessante, com boas opções de combate e um histórico que pode ser explorado pelo mestre E pelo jogador sem muito esforço, contribuindo para a criação de histórias memoráveis.
Gostaria de poder falar mais, mas acho que não posso nem falar o que já falei!
Abraços e vamos jogar RPG.
Uma dica muito bacana que eu vi é que você usa o array fixo de atributos (15, 14, 13, 12, 10 e 8), mas você determina aleatoriamente qual atributo fica com o valor mais alto (15) e qual fica com o mais baixo (8). É só rolar 1d6 pra cada, rerolando caso saia igual.Acho que dá um gostinho de oldschool sem tirar a graça dos jogos mais modernos, e eu usaria caso fosse voltar a jogar D&D!E três posts em um dia? É um récorde! 😀
Eis uma ideia bem bacana mesmo, simples e funcional.Inspiração, quando ela vem, não dá pra segurar e também não estou me importando com regularidade, então, vai saindo e eu vou empurrando.
É assim que tem que ser mesmo! Eu costumo falar muito de RPG quando estou jogando muito. Se eu paro de jogar, o assunto morre!
Eu estou jogando muito…. ou não?Tenho aprendido um pouco mais com o RPG didático.