A casa pode até parecer abandonada, mas não está, no entanto, não acho coerente escrever/traduzir sobre um tema que não estou vivenciando.
Nos últimos meses fiquei afastado, voltei, escrevi alguma coisa e voltei a sumir. São os ossos do ofício, podem dizer alguns, ou simplesmente que deixei de jogar definitivamente – o que é uma grande inverdade – mas já entendi que não sou tão dependente do jogo como eu pensava, mas tenho muitas saudades de reunir os amigos em minha casa, ainda que fosse para ficar jogando Street Fighter no computador enquanto todos os jogadores não chegavam para a seção noturna.
Já estou reorganizando os meus favoritos, assinei por um mês o DDInsider e os meus jogadores já foram convocados e reconvocados a fazer suas fichas de personagem para o D&D4E, embora eu esteja pensando que a tarefa venha ser muito grande para uma recompensa pequena.
Após passar 15 anos com praticamente o mesmo grupo, percebo que a correria do dia-a-dia aumenta a cada dia que passa e que os grandes planejamentos necessários a realização de uma seção de D&D4E podem me fazer migrar para algo mais simples e menos mecânico – a menos que eu descambe a prerrogativa da campanha para algo muito mais tático.
Adquiri alguns pdfs de RPGs Indie ao longo dos últimos meses:
- 3:16 Carnificina nas Estrelas
- Fiasco
- Terra Devastada
- The Secret Fire
- Wicked Heroes
Além destes RPGs em pdf alguns impressos me convidam a leitura sempre que abro o armário:
- Lamentations of the Flame Princess
- The Esoterrorists
- Fear Itself
- Rastro de Cthulhu
- Mutante Blue City
Fora os muitos outros pdfs disponibilizados gratuitamente na net, tudo na tentativa de retornar as mesas de jogo, mas fico imaginando a resistência de alguns de meu bons, velhos e resistentes amigos que por muitos anos apegaram-se firmemente a ideia de que o único RPG que vale a pena ser jogado é justamente o D&D e que não tem noção do tempo requerido para planejar a matemática por trás das aventuras, mesmo quando você não se importa com o planejamento.
Vou seguir pensando e espero voltar com mais frequência ao blog. Enquanto isso, talvez eu procure um exemplar do GURPS e vejo se consigo convencer meus jogadores a experimentar algo mais simples 🙂
Cara, o eu ultimamente também estou tentando isso, jogos menores, mais rápidos, que não vão sofrer muito se acabar no meio.O Terra Devastada eu já joguei assim, apesar do jogo parecer bom pra se usar em campanhas.o 3:16, parece ser bom jogar campanhas curtas pelo menos, uma sessão fica ruim, não dá pra usar bem os flashbacks parece
Dei sorte e um dos jogadores apareceu ontem a noite para conversar.Acabou fazendo um clérigo para jogar Lamentations of the Flame Princess.
Bom companheiro, eu sei bem como você se sente. Estou há um tempo sem mestrar (pra quem narra todo fim de semana, um mês é demais!), e sempre esbarramos nessa falta de tempo de preparar jogo para conseguir marcar sessão.Dos jogos que você citou conheço poucos, mas recomendo Fiasco para noites descompromissadas onde você queira rir a valer com a galera, 3:16 para campanhas ou one-shot (embora campanhas só com jogadores mais desprendidos de sistemas rules-heavy com combos de poderes), e Rastro de Cthulhu pra um arco de história bem bacana e de médio prazo.Das últimas vezes que narrei, usei o Old Dragon e o Storytelling (para minha crônica de Supernatural), e estou achando que vou ficar por um bom tempo assim, só nos sistemas light.