Este artigo foi escrito por Ameron do dungeonmaster.com e foi ao ar em 2 de novembro de 2009, tendo sido autorizada a sua tradução.
This article wrote by Ameron from dungeonmaster.com was posted at November 2, 2009 and its translation was authorized by his author.
Qual a profissão do seu personagem? Eu não estou perguntando qual a sua classe; eu quero saber o que seus personagens fazem para viver. Você alguma vez pensou sobre esse assunto antes de eu trazê-lo a tona? Provavelmente não. Eles estão pensando em enriquecer através do saque de dezenas de masmorras perdidas ou então matando monstros e reclamando seus tesouros. Em resumo, os personagens não tem um emprego real.
Poucas classes se encerram como profissões. Eu assumo que você pode argumentar que os Clérigos e outras classes divinas geralmente trabalham para uma igreja, mas eu não acho que seu personagem deveria apresentar-se e demandar um pagamento por espalhar a palavra de sua divindade pelo mundo.
Quando uma campanha de D&D começa, elas normalmente começam quando os personagens já escolheram “sair para aventurar-se”. Mas você alguma vez parou para pensar no que os personagens faziam antes de jogar a precaução ao vento e atender a esse novo chamado? O aventureiro sempre desejou ser um Feiticeiro explorador de masmorras ou um Paladino destruidor de mortos-vivos?
Pense sobre os tipos de profissões que seus personagens se desenvolveram e considere o que eles faziam antes de se tornar um aventureiro. Mais importante que isso, pense no que eles farão quando se aposentarem. Introduzir alguns poucos detalhes do histórico juntos antes de começar sua primeira campanha produz personagens mais acabados e fornecem uma figura melhor do que realmente ele é.
No começo
Pense nas circunstâncias que cercaram o nascimento de seus personagens. Ele nasceu na classe alta ou nobreza? Ele nasceu em um círculo druídico enquanto as criaturas feéricas observavam e lhes davam as boas-vindas ao mundo? Ou ele nasceu em um beco mal iluminado ou esgotos de uma grande cidade? Só porque você encontrou o personagem pela primeira vez na fase adulta, não significa que não seja valioso lhe dar um passado.
Como as circunstâncias e a localidade de seu nascimento moldaram seu personagem no início de sua vida? Ele aspira a uma posição elevada na sociedade ou sua formação veio da luta pela sobrevivência? Ele veio de uma vida de privilégios ou ele aprendeu as lições mais difíceis da vida logo cedo em busca da sobrevivência?
A localidade e as circunstâncias do nascimento do personagem freqüentemente terão um impacto gigantesco na personalidade do personagem.
Ganhe o seu sustento
Quando o seu personagem alcança a puberdade ele sem dúvida terá um emprego. Ele não precisa ser glamoroso e provavelmente não será algo que ele desejou fazer, mas a necessidade demanda que qualquer um se mexa e ganhe seu sustento. O tipo de trabalho que seu personagem desenvolve devera estar ligado a sua educação.
Se ele cresceu numa comunidade rural, então o seu primeiro trabalho real provavelmente será algum tipo de trabalho nos campos. Se ele nasceu na classe média ou nobre, seu trabalho está mais ligado à sua mente que ao seu corpo. Seus primeiro trabalhos podem evoluir para o aprendizado de uma atividade mercante, limpeza e lavagem da taverna local, até mesmo atender pessoas de posição social maior que a dele.
Independente de sua posição na vida você aprendeu a lutar. Em um mundo repleto de criaturas tão mortais como dragões, faz sentido que todas as crianças sejam ensinadas a manusear as armas mais básicas. Os tipos de armas e a quantidade de tempo gasto aprendendo como manuseá-las também estarão ligadas a necessidade e conveniência.
Quando eu crescer quero ser…
À medida que seu personagem aprender mais sobre o mundo ao seu redor ele terá uma idéia melhor do que quer fazer com sua vida. Só com isso, é seguro dizer que eles saberão pelo menos o que não querem fazer com suas vidas. É essa decisão ou sonho que levam o seu personagem por fim a se tornarem aventureiros. Mas antes que eles finalmente alcancem aquele ponto em suas vidas, eles terão desenvolvido algum trabalho normal e levarão uma vida normal.
Determinar o tipo de vida que seu personagem tinha antes de aventurar-se ajudará o jogador a interpretar melhor o personagem. Se ele foi treinado como um mercador, ele deverá treinar perícias sociais, se ele tiver vivido uma vida cercada de riquezas e privilégios então ele terá mais treinamento em perícias de conhecimento, e se ele tiver passado a maior parte de seu tempo ao lado de animais, então ele não deverá ser muito bom com pessoas. Saber que tipo de emprego seu personagem teve enquanto crescia e saber quais os empregos que ele estava mais apto a conseguir se ele não tivesse se tornado um aventureiro concede algumas pistas sobre sua personalidade.
Guerras mudam tudo
Existem algumas circunstâncias que desmantelam a carreira típica de qualquer personagem. A mais notável são as guerras. Muitas sociedades nas quais as campanhas de D&D são narradas estão sempre em eminência de guerras. Em um mundo de campanha como Eberron, uma guerra que durou cem anos terminou há pouco tempo. Se você é de uma nação que está saindo da guerra ou está entrando em uma, saiba que a guerra é uma carta selvagem na carreira de qualquer um.
Durante o tempo de guerra as pessoas lutam para defender suas casas e proteger suas nações. A posição social não é tão importante quanto sua nacionalidade. Nobres freqüentemente lutam lado a lado com camponeses enquanto defendendo seus lares que ambos amam. As escolhes de trabalhos durante o tempo de guerra são mais específicos com os esforços de guerra, mas a guerra apresenta oportunidades fantásticas. Na desordem, os feitos desempenham uma parte mais importante nas carreiras do que os direitos de nascimento. A criança dos esgotos que realiza feitos heróicos no campo de batalha (salvando seu regimento da morte certa, por exemplo) ganhará o respeito e atenção de seus companheiros e superiores. Estes contatos podem abrir portas nunca antes disponíveis.
Eu sou um aventureiro
Nosso primeiro encontro com o
personagem ocorre depois da transição do NPC normal para o personagem heróico. Só porque isso acontece quando você começa a jogar com o personagem, isso não significa que ele não tenha um passado. Considerando o tipo de formação que ele teve, e mais especificamente o tipo de trabalho que ele poderia ter, você estará numa melhor posição para determinar os maneirismos e a personalidade dos personagens.
O passado do seu personagem não precisa ser detalhado como nas linhas acima, mas mesmo umas poucas sentenças ajudarão a guiá-lo. Além disso, ele ainda é seu personagem e cabe a você criar um histórico tão longo ou curto quanto queira. Apenas mantenha em mente o impacto que o trabalho de um personagem pode ter no que os personagens são e no que podem se tornar. Afinal, seu personagem não será um aventureiro para sempre. Quando seus melhores dias ficarem para trás, o que eles farão nos seus anos finais? Ter uma carreira normal para se apoiar é uma boa rede apoio caso o tesouro do dragão esteja vazio quando finalmente você chegar lá.
Foi bom ler esse post , se a gente for parar pra pensar nesses detalhes são os menos importantes , mas quando a gente estar numa aventura todo bar-man de alguma cidade foi um aventureiro aposentado que trabalha ou no bar ou em alguma casa onde faz armaduras e espadas, normalmente anões.Muito interessante esse ponto de vista , inclusive dar pra fazer uma adaptação em determinados jogos onlines de rpg. Ai fica ao gosto do jogador se ele quer ou não fazer isso.
Eu gosto dos artigos que tratam de histórico do personagem e gostaria muito de trabalhar uma aventura na qual os elementos do histórico tivessem grande peso, mas a maioria dos jogadores prefere pensar apenas no futuro do personagem, deixando elementos importantes do passado em segundo ou terceiro plano.
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