Estou bem afastado dos jogos de tabuleiro, uma consequencia direta da carga de trabalho e das escolhas pelo RPG, mas os convites são feitos todas as semanas e neste domingo eu resolvi dar uma passadinha no QG do Trampolim da Aventura na casa do Tendson, um espaço público/privado que tem contado com a presença de muitos jogadores e novos jogadores nos últimos anos.

A minha dor de cabeça não me deixava concentrar-se num jogo mais complexo e acabei jogando um novo jogo, rápido e fácil de pegar as regras.

Cave Troll

Cave-TrollJá fazia alguns dias que eu ouvia falar do Cave Troll, um jogo no qual os jogadores controlam um grupo de exploradores (bem D&D) que invadem o lar de trolls. Cada jogador tem em seu time os seguintes personagens:

  • Um cavaleiro;
  • Um anão;
  • Uma ladra;
  • Um bárbaro;
  • Vários aventureiros.

Além destes heróis, cada jogador também tem em suas mãos:

  • Um orc;
  • Uma aparição;
  • Um troll;
  • Um baú do tesouro.

O tabuleiro representa o lar dos trolls, com quatro escadas por onde entram os personagens  e alguns fossos por onde entram os monstros. Os jogadores possuem uma pilha de cartas e estas cartas determinam que personagens/monstros entrarão no tabuleiro.

As salas possuem as representações de moedas de ouro (variando de 1 até 5) e o objetivo é controlar estas salas – mantendo o maior número de heróis nelas, respeitando o limite de 5 personagens na sala – e assim pontuar nos momentos de pontuação, que ocorrem quando o jogador pega uma carta especial ou quando um conjunto de cartas com ampulhetas aparecem.

Os jogadores possuem quatro ações, que podem ser divididas entre:

  1. Puxar uma carta e baixar o herói/monstro/evento relacionado;
  2. Movimentar seus heróis/monstros pelas salas;
  3. Usar habilidades especiais dos heróis/monstros/artefatos.

Os artefatos podem ser guardados e ser usados em qualquer turno do jogador ou ficarem guardados até o fim do jogo para lhes render pontos extras.

Os heróis e monstros possuem poderes especiais:

  • O cavaleiro, ao entrar numa sala mata o Orc e impede que qualquer outro personagem permaneça na sala, a menos que seja um outro caveleiro;
  • O anão duplica a quantidade de ouro da sala;
  • A ladra pode mover-se para qualquer sala pagando apenas um movimento (acho que ela é uma eladrin com poder de teleporte muito aumentado);
  • O bárbaro vale por dois heróis e é imune ao poder da aparição.

  • O orc, ao entrar numa sala pode matar um aventureiro, mas não um caveleiro;
  • A aparição desloca um personagem de cada jogador para fora da sala;
  • O troll entra em qualquer sala e todos os jogadores devem retirar um personagem da sala e se sobrarem mais personagens na sala, estes são mortos.

Quando o primeiro jogador encerrar a sua pilha de cartas o jogo acaba e é feita a última pontuação.

Achei o jogo muito legal para ser jogado naquela situação que você tem uma sessão de RPG marcada e apenas dois jogadores aparecem. As partidas duram em média 30-40 minutos e é um jogo para 2 a 4 jogadores.

Simples, rápido e é claro, sujo!

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.