Saudações, aventureiros.
Hoje vou falar brevemente – não tenho o talento para produzir compêndios com os demais colunistas do MC – sobre o Especialista, uma das quatro classes do Lamentations of the Flame Princess (LotFP) e normalmente chamamos de ladino.
A questão, é que essa classe consegue ser muito mais do que um simples ladino.
Quem quiser conhecer um pouco mais sobre o LotFP, pode ler alguns desses artigos que escrevi no Diários de Campanha, esta resenha no Pontos de Experiência e esta aqui na Rede RPG. Procurando um pouco mais, com certeza irão encontrar mais alguma coisa em português, afinal, este RPG estranho tem uma base de fãs aqui no Brasil.
[blogoma_blockquote]GUERREIROS SÃO AVENTUREIROS porque estão acostumados com a morte que não conseguem ajustar-se a uma vida normal. Magos são aqueles que buscam as artes negras e não são mais bem vindos na sociedade. Clérigos são incumbidos a seguir em frente por suas divindades e realizar suas missões especiais.[/blogoma_blockquote]
ESPECIALISTAS? Eles fazem isso porque querem. Se são inspirados por ganância, tédio ou ócio criativo, os Especialistas são exploradores profissionais que arriscam suas vidas e membros simplesmente porque uma vida menos ativa é desagradável para eles.
LotFP tem apenas quatro classes (Clérigo, Especialista, Guerreiro e Mago), com as raças (Anão, Elfo e Halfling) funcionando também como classes.
Os Clérigos e Magos podem conjurar magias. Os Guerreiros são os únicos que possuem progressão na Base de Ataque e os Especialistas conseguem executar melhor atividades que todos os outros executam, como Procurar, Prestidigitação e Sobrevivência, por exemplo.
Todas as classes possuem uma chance de 1 em 6 de Escalar, mas somente os Especialistas podem melhorar essas chances. Todos os personagens podem atacar furtivamente, mas somente os Especialistas podem causar mais dano com esses ataques, mas isso qualquer ladino do D&D também faz.
A principal diferença que eu identifiquei, e que me deixou muito satisfeito em ter redescoberto, é que ele parece ter um nível de customização muito maior que o D&D 5e, por exemplo, mesmo sem ter tantas opções.
O “poder” do Especialista é que ele começa com quatro pontos para distribuir nessas “perícias”, aumentando as suas chances de realizar tais tarefas. Por exemplo:
[blogoma_blockquote]LINQUE é uma Especialista em Furtividade e Ataques Furtivos, tendo a sua jogadora distribuído dois pontos em cada uma das habilidades.[/blogoma_blockquote]
Um personagem consegue agir furtivamente em uma jogada de 1 em 1d6. Ao investir dois pontos em Furtividade, Linque será bem sucedido em furtividade em 1 a 3 em 1d6. Ao acrescentar um ponto em Ataque Furtivo, ele aumenta o multiplicador de dano em +1, mas essa habilidade começa com graduação zero para todos os personagens. Ao investir dois pontos, o modificador de dano para ataques furtivos passa a ser de x3 e nesses ataques o personagem ganha um bônus de +2.
[blogoma_blockquote]Elizabeth é uma Especialista em Procurar e Prestidigitação. Ela não é muito boa em combate, mas suas habilidades fazem com que ela nunca seja esquecida quando é necessário roubar alguma coisa de alguém sem ter que recorrer a violência.[/blogoma_blockquote]
Uma pequena mudança na distribuição dos pontos das habilidades faz com que o personagem mude completamente.
[blogoma_blockquote]Hanna é uma Especialista em Sobrevivência e Escalar, trabalhando como uma guia nos ermos do reino.[/blogoma_blockquote]
Novamente, a personagem não tem nenhuma habilidade em combate significativa, mas consegue funcionar muito bem dentro do grupo, cada um com suas habilidades e funcionando como classes diferentes (assassino, ladrão e ranger).
Infelizmente, eu sinto falta disso no D&D 5E, que seguindo a tradição das outras edições, não permite essa customização. Todos os personagens serão sempre bons em ataque. Os ataques furtivos podem até ficar melhor a partir do terceiro nível, escolhendo a especialização “assassino”, mas ainda assim, eles serão considerados os strikers do grupo – melhor ou pior dependendo das escolhas, mas strikers de qualquer forma.
E vocês? Tem algo no Rogue do D&D 5E que você gostaria que fosse diferente?
Deixe um comentário.
Achei muito interessante como o especialista funciona neste sistema, ele aparenta te um exclusividade em questão dos outros, poderia fazer um resumo de como cada classe se comporta no Lamentations of the Flame Princess? Assim também observei que o LotFP que ele é recomendado para maiores de 18 anos provavelmente por sua temática, então queria que pudesse fala um pouco mais do cenários dele também.
Desculpe a demora em responder, Alan.
Fazer uma comparação entre as classes entre sistemas pode ser bacana, principalmente para direcionar jogadores para um determinado sistema. Vou considerar a sua sugestão.
As ambientações para o LotFP são mais adultas e muitas vezes lidam com temáticas bem polêmicas, basta dar uma olhadinha no DrivethruRPG os seus títulos.