Saudações, nobres aventureiros.

Na última sexta-feira (dia 21.07), narrei a terceira sessão da aventura MCMLXXV para Swords & Wizardry. Tivemos alguns jogadores chegando atrasados (mas para quem mora em Macapá e depende do transporte público, chegar cedo é quase milagre).

A sessão foi interessante, conseguimos avançar na narrativa, mas muitas aconteceram e me fizeram dedicar um tempinho, ao final da sessão, para conversar com todos os jogadores.

O pequeno Pedro estava com muita sorte nos dados. Dizem que personagens morreram devido a isso.

Após fugirem da área na floresta onde encontraram as aranhas, o grupo descansa por um tempo, esperando que Morddigan se recupere de sua paralisia ocasionada pelo envenenamento.

Continuando o caminho eles chegam a um santuário, composto por algumas rochas e galhos empilhados ao redor de uma estátua esculpida grosseiramente, com cerca de 1m de altura. A estátua de braços e pernas gordinhas e exibindo um sorriso acolhedor e com pratos de argila utilizados, provavelmente para se colocar oferendas. Morddigan deixa uma de suas rações, sob os olhos reprovadores de seus companheiros e então seguem até chegar a uma bifurcação.

A vegetação na área da bifurcação é estranha, apresentando folhas de um verde vivo e azul intenso. Uma nuvem de borboletas brancas alça voo, dirigindo-se para o lado esquerdo da trilha. Arthur, o clérigo, imagina que se trata de magia, mas todos concordam em seguir as borboletas.

Após caminhar por algum tempo, o grupo chega em um trecho onde cogumelos crescem até quase 1m de altura e uma grande árvore no centro de uma clareira, protegida por uma cerca viva de grandes raízes. A comitiva escala a cerca viva e quando chegam à árvore, percebem que existe uma escada de cordas. Robin sobe e chegando lá, vê uma casa confortável, mas sem muita coisa, para uma criatura pouco menor que ela. Na soleira da porta um par de pequenas botas e uma capa pequena e suja. Ela entra e vê uma sala com um sofá, algumas garrafas de tamanho normal vazias, uma cômoda e uma pequena caixa de ferro sobre ela. Um quarto com uma cama e alguns outros utensílios sem importância.

Ela desce com a caixa de metal, os calçados e a capa, na qual encontra uma chave que abre a caixa de ferro, que está cheia de anzóis, de vários tipos e tamanhos. Alguns são feitos de metal, enquanto outros são feitos de pedras e cristais. A criatura definitivamente parece gostar de pescar. Eles saem da área e algum tempo depois chegam novamente a bifurcação e prosseguem.

O pântano.

Quando o grupo para para o almoço, eles percebem que suas rações estão todas estragadas e de uma delas, uma borboleta branca voa. Mais a frente, um rato parece segui-los, aparecendo e desaparecendo próximo de um tronco de árvore. Tirion arremessa uma faca, mas erra. Brandon pega a faca e espera o rato aparecer novamente, mas sua mira é um pouco melhor e ele mata o rato. Ele pega o rato e limpa, dizendo que aquilo daria uma boa refeição e param para dormir.

Embora nada aconteça durante a noite, o cheiro de decomposição é muito forte, denunciando que estão adentrando mais para uma parte mais antiga do pântano.

Pela manhã, todos partem com um pouco de desânimo e chegam em uma parte mais alagada. Brandon pega um pedaço de madeira com aproximadamente 1,5m e sai mexendo na água, tentando não ser surpreendido por algum habitante do pântano.

Enquanto os demais atravessam, ele sente um puxão rápido no pedaço de madeira, quando um crocodilo morde. Tirion se lança na frente de Brandon, pedindo que todos os demais cruzem o rio. A princípio todos parecem concordar, mas então retornam. Arthur leva Robin no seu pescoço e a halfling se prepara para atacar o crocodilo com suas flechas.

Um pequeno crocodilo nadando despretensiosamente no pântano.

Morgan se aproxima, ficando o crocodilo rodeado por Tirion, Brandon e Morgan. Sabendo que não é uma boa ideia disparar suas flechas com tantos ao redor da criatura, Valerie também se aproxima, tentando golpeá-lo com sua adaga.

O crocodilo acerta um poderoso golpe no torço de Brandon, que cai morto. Robin, em um disparo rápido, acerta Morgan, que cai morto. Tirion continua tentando ferir o crocodilo, acertando um golpe. Arthur corre para atacar a criatura, mas ela consegue abocanhar o corpo de Brandon e submergir.

Depois disso, retiraram o corpo de Morgan do riacho e o enterraram ali perto. Arthur fez uma boa parte do trabalho, lamentando a todo o momento a morte do amigo.

Agora sem o mapa, levado pelo crocodilo quando arrastou Brandon, o grupo tenta se confiar nos instintos e segue viagem, chegando a uma ilhota cheia de arvores em decomposição. Robin afasta-se um pouco em busca de trufas e dá de cara com alguns cogumelos griatadores. Seus gritos são ouvidos a grande distancia. Tirion corre e retira um do solo e a distância alguns membros do grupo veem um troll se aproximando.

Tirion corre e se joga entre as árvores podres, tentando não ser visto pelo troll, enquanto Robin ataca a criatura a distância e Arthur corre para atacá-la também. Morddigan e Valerie fogem.

Robin consegue acertar uma flecha na criatura e Arthur se aproxima, mas antes que a criatura possa atacar, Tirion sai de onde está escondido, e sem dar chance a criatura, sobe em suas costas, prende sua espada na garganta da criatura e puxa, decapitando-a, mas logo em seguida vê que a criatura começa a se regenerar. Ele pega um saco que a criatura carregava e corre, deixando o local para trás e provavelmente um problema duplo caso precisem passar por ali novamente.

Já caminhando, mas sempre olhando para trás, o grupo chega a uma gigantesca árvores no meio do pântano, em uma pequena ilhota, aonde descansam dois homens. Eles dizem se chamar Ganoh (humano ladino) e Flash (guerreiro elfo), este último uma criatura de poucas palavras. Eles carregam apenas armadura e armas, dando a impressão que sofreram algum infortúnio recentemente.

Sem muita conversa, Robin os convida para ir com eles, o que deixa Tirion um pouco chateado. Os dois parecem interessados quando a halfling fala em tesouro, e isso deixa Tirion ainda mais chateado, mas após falar sobre trolls e a possibilidade dele aparecer por ali, todos seguem viagem, até chegar a uma enorme represa aonde centenas de tartarugas nadam.

Tirion pensa em pegar algumas tartarugas para o jantar, mas Robin percebe que alguma coisa muito grande se arrastou para dentro da represa. Ganoh começa a jogar algumas pedras no local, tentando descobrir o que poderia ser e então eles veem emergir uma tartaruga gigante, que sai da represa e vem na direção do grupo. Somente Tirion fica esperando, enquanto vê os demais correndo. A criatura parece irritada e vai em direção do guerreiro. Ele levanta a espada e a criatura o ataca, prendendo-o em suas poderosas mandíbulas. Seu corpo inerte tomba logo em seguida e a criatura retorna para a represa, certa de que não há mais ameaças.

O ambiente não foi bem esse, mas achei a imagem perfeita.

Depois que a tartaruga desaparece na água, todos retornam e tentam reanimá-lo. Robin é a mais efusiva em seus pedidos, sacrificando parte de sua energia vital para trazê-lo de volta. Muito debilitado, todos ajudam a levá-lo e descê-lo por uma área extremamente acidentada, bem abaixo.

Já embaixo, da represa, Robin pede que façam um acampamento. Tirion não consegue caminhar e levá-lo seria trágico.

Valerie, Ganoh e Flash ouvem o barulho de porcos, ou seriam javalis, ali perto. Eles saem, na esperança de trazer alguma coisa para jantarem e seguem devagar. A uma distância conseguem ver uma porca nervosa e seis leitões brincando na lama, enquanto um urso a distância observa. O urso parece querer se aproximar, mas a porca faz movimentos que parecem intimidar o urso.

Porquinhos para a janta?

Os três decidem então atacar O URSO, para garantir que ele não os ataque, caso eles peguem os porquinhos. Ganoh se esgueira através dos arbustos, tentando surpreender o urso. Em seguida Valerie começa a atirar flechas, mas erra o alvo. Certo de que surpreenderá o anima, Ganoh ataca, erra e é golpeado fortemente pelo urso. O ladino cai, mas se recupera e sai correndo antes que o urso o alcance. Ele corre em direção a porca, e então, junta-se a seus companheiros e voltam para o acampamento, machucado e sem a janta.


Novamente peço aos participantes que façam as suas considerações, pois certamente devo ter me equivocado ao fazer o report (em algum ponto) e gostaria de dizer que esta terceira sessão fechou com um grande aprendizado.

Infelizmente tivemos duas baixas definitivas e uma temporária, resolvida da mesma forma que foi feita na segunda sessão e sobre isso farei algumas considerações em um outro post.

Observar este grupo ao longo destas três sessões me deu MUITAS ideias de artigos que escreverei em breve, focados, principalmente nos jogadores iniciantes, não somente no papel de mestres, mas principalmente como jogadores.

Fico no aguardo dos comentários para realizar as correções.

Até a próxima.

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.