Sou grande fã dos trabalhos de John Wick, meu favorito é a primeira edição de Legend Of The Five Rings (L5R 1E), sempre gostei das soluções apresentadas pelo autor para situações que necessitam de gestão de recursos. As regras de combate massivo do L5R 1E estão entre as que mais gosto. Outro trabalho que adorei foi Blood & Honor (B&H), mesmo antes de sair pela Redbox, já havia adquirido no site do autor, e justamente as regras de gestão de recursos presentes nesta tragédia samurai me fizeram ter um apreço especial pela obra.

Com B&H consegui adaptar Game of Thrones (GoT), que rendeu uma campanha memorável a todos os envolvidos. Usei, basicamente, o sistema de Feudo do Jogo para adaptar a gestão de uma Casa de GoT, a qual os participantes criaram personagens membros. Outra adaptação que B&H me possibilitou foi narrar Bersek, The Band of the Hawk, a tempos estava esperando algum RPG que me possibilitasse tais incursões.

Minha atual campanha, D&D 5E em cenário próprio, também é influenciada por B&H. O jogo é centrado em um universo repleto de Guildas, lutando pelo poder ou apenas pela sobrevivência. Criei uma atmosfera em que os participantes querem fazer parte de algo mais que um grupo de aventureiros, eles são parte de uma Guilda, assim como uma família, altamente disfuncional e intrigante.

Os materiais que encontrei para usar Guildas no D&D 5E não me agradaram, então resolvi adaptar o sistema de Feudos de B&H, mais uma vez, para ser um elemento central dentro da narrativa. A gestão dos recursos da Guilda possibilita aventuras, desafios e objetivos, os próprios jogadores é quem delimitam, dentro das regras e da narrativa, o que existe na sua Guilda, deixando sempre claro que a Guilda não é deles, eles são parte do todo. Basicamente existe uma quantidade de pontos para distribuir, recursos e propriedades para se adquirir com esses pontos, mas isto é só o começo.

Os jogadores descrevem inimigos e aliados, participando da confecção do cenário de jogo e da narrativa, é uma forma de co-criar a história. Eles também descrevem os membros da Guilda que não são seus personagens, ou seja, eles também criam NPCs. O Capataz Virgulino, O Mago (que é chamado só de O Mago), o Líder Seu Manuel; Pexera e Facada, sobrinhos de Virgulino, e tantos outros personagens com histórico muito interessante.

Meu trabalho como narrador é apenas apresentar alguns limites, pedir a eles que invistam certos pontos para que tenham os personagens que criaram dentro da história. Nós dividimos o trabalho, alguns dos NPCs da Guilda eu sugeri, outros ainda, estão só no nome sem qualquer história. É um prato cheio para a exploração narrativa.

Se você não leu B&H (está perdendo muita coisa) e não conhece as regras de Feudo, elas são regras mais narrativas do que sistemáticas, e funcionam muito bem para a Gestão do Feudo que meus eu e meus jogadores co-criamos. Se você quiser conferir como ficou, preparei dois arquivos: Um com as regras que estou usando (um manual passo-a-passo) para a criação de Guildas, e outro com Fichas de Guilda (para D&D 5E e Old Dragon). Esses materiais podem ser baixados aqui mesmo.

Obviamente, é um material que criei, sem qualquer intuito de distribuição comercial, ele serve genericamente para muitos outros sistemas. Se você quer baixar e testar, fique à vontade, aguardo seu feedback para que possamos construir juntos esse pequeno material.

Old Dragon – Regras para Jogos Clássicos de Fantasia (PDF) – https://amzn.to/2LlSxXY
D&D 5E – Player’s Handbook – https://amzn.to/2LrNMfE
Para baixar o sistema de regras (versão DOCX) clique aqui.
Para baixar o sistema de regras (versão PDF) clique aqui.
Para baixar a ficha clique aqui.

Créditos das Imagens: Geek Dad e Gaisioch.

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