Quando aventurei-me nos fantásticos mundos de GURPS, interpretei um cientista cujo corpo tinha a incrível capacidade de transformar-se em armas letais, graças a nanotecnologia. O personagem se chamava Warblade e foi copiado das páginas da saudosa Dragão Brasil, tendo sobrevivido a uma longa e bela campanha.

Naquela época, o GURPS Supers era apenas um dos cenários que jogamos, um dos que tenho mais saudades e por isso, fiquei tão curioso quando foi lançado em português o livro “Wild Cards Livro 1 – O Começo de Tudo”, um livro editado por George R. R. Martin, criador da série A Game of Thrones.

O GURPS Supers trazia, como ambientação, o cenário Cartas Selvagens e embora tivesse me chamado atenção à época, nenhum outro jogador interessou-se pelo cenário.

Em 15 de setembro de 1946, ao fim da Segunda Guerra Mundial, um vírus alienígena é liberado sobre Nova York, dotando alguns poucos com super poderes, transformando muitos outros em aberrações e matando milhares.

wild cards

Aqueles que desenvolveram super habilidades são chamados de Ases, enquanto as aberrações são chamados Curingas, uma perspectiva que sempre me atraiu em alguns RPGs, a possibilidade de escolher uma personalidade, mas não necessariamente que tipo de poderes você terá, uma perspectiva que parece/parecia assustar muito alguns jogadores.

Quando adquiri o livro, pensei imediatamente na perspectiva de um jogo de GURPS, e confesso que fui surpreendido. O livro não é somente sobre super heróis, mas sobre como eles influenciariam o nosso mundo e como seriam influenciados por ele, em uma bizarra dança política de interesses.

Para quem gosta do gênero supers, recomendo a leitura do livro (que ainda não terminei). Para quem gosta de jogo de supers, recomendo ainda mais a leitura, pois seu cenário, caso se interessem, pode ser adaptado facilmente a qualquer gênero e a sua ideia principal, pode ainda ser adaptada a qualquer gênero, até mesmo a fantasia medieval.

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.