Segunda-feira é dia da coluna do Mike Mearls no site da Wizards of the Coast e vez por outra temos algumas notícias realmente interessantes, algumas que fazem até com que pessoas que não estavam muito animadas com a nova edição, fiquem balançadas com a nova proposta e hoje, o Mike falou sobre Os Muitos Mundos de D&D, o que envolve diretamente sua cosmologia.

A equipe de R&D está refinando a cosmologia padrão, de forma que ela resolva problemas de compatibilidades entre as edições e os mundos de D&D, de forma que uma grande parte do material antigo seja compatível com a nova edição, tornando mais fácil uma conversão de uma campanha em andamento para o D&D Next.

Os planos elementais serão divididos basicamente em três anéis que rodeiam o mundo material primário. O anel mais interior compreende os planos de fronteira. Estas regiões seriam parecidas com o mundo primário, mas dominados por um elemento específico.

Crematoria

O plano fronteiriço do fogo, seria dominado por desertos de cinzas, imensos vulcões e lagos de lava.

O próximo anel planar, consistiria dos planos elementais profundos, que correspondem a áreas de energia elemental pura, como descritas no material de Planescape. Finalmente, o anel planar mais exterior é o caos elemental, uma região de energia fundamental pura.

A  Feywild seria um plano fronteiriço entre o plano material primário e o plano de energia positiva, enquanto o mundo de Ravenloft seria um plano fronteiriço entre o plano material primário e o plano de energia negativa, sendo que algumas regiões de Shadowfell poderão vir a fazer parte de Ravenloft.

Planescape será o cenário de campanha base quando se tratar da cosmologia, então será que ao invés de um Planar Handbook, como tivemos nas edições anteriores, teremos um Planescape Campaign Setting no D&D Next? Elementos de Planescape, como a Grande Roda, a Guerra do Sangue e outros elementos clássicos de D&D estarão presentes na cosmologia básica do sistema.

Na política de compatibilização de mundos com o novo sistema, o cenário que deverá sofrer mais alterações é o Spelljammer, que segundo Mearls, teria uma proposta de D&D no espaço e não necessariamente uma forma de conectar os diversos mundos de D&D. Isso me faz pensar se Spelljammer, caso se transformasse em um produto do D&D Next estaria completamente dissociado das viagens entre os mundos e passaria a ser um cenário per si.

Finalizando, o refinamento da cosmologia, permitiria que todos os cenários de campanha funcionassem dentro do mesmo sistema planar, seja ele Forgotten RealmsEberron, Greyhawk, Mystara, o mundo do Vale Nentir ou o cenário de campanha desenvolvido pelo mestre para os seus jogos.

Com o The Sundering, fica muito difícil não imaginar em uma nova edição impressa do Forgotten Realms, mas e os outros cenários? Quais deles ganharão novas versões para o D&D Next? Será que os fãs de Ravenloft poderão contar com uma nova edição e não somente artigos em uma revista eletrônica, que sequer faziam jus ao cenário?

Dark Sun nem é mencionado no artigo e acho (vejam bem, estou expressando a minha opinião) que ele foi o cenário que melhor se encaixou no D&D 4ª Edição, tanto que este deveria ser o cenário oficial desta edição.

D&D Next delineia-se, de acordo com minhas observações, como tendo Forgotten Realms como cenário básico e Planescape interligando todos os outros cenários, que talvez não ganhem versões atulizadas, mas que fiquem somente na compatibilidade de sistemas.

É esperar para ver.

Compartilhe:
Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.