Pegue uma folha de papel e escreve os seis atributos: Força, Destreza, Constituição, Inteligência, Sabedoria e Carisma. Role 3d6, some os valores e anote na ficha na ordem dos atributos. Consulte a tabela, anote os modificadores e veja qual a melhor classe que se ajusta aos seus atributos. Anote quaisquer habilidades especiais que você possua, seus pontos de vida, magias e bônus ou penalidade de experiência devido o atributo.
Dungeons & Dragons – Basic Rulebook, 1981

Para criar um personagem para jogar AD&D, leia do capítulo 1 ao 6 [o capítulo 5 é opcional]. Estes capítulos vão lhe ensinar a gerar os atributos, raça, classe e o alinhamento, escolher proficiências e comprar equipamento. Quando você fizer tudo isso, seu personagem estará pronto para a aventura.
Advanced Dungeons & Dragons – Player’s Handbook, 1989

Leia os capítulos 1 a 5 e então siga os seguintes passos para criar seu aventureiro de 1º nível. Você precisará de uma fotocópia da ficha de personagens. (1) Verifique com o mestre se ele não está usando nenhuma regra da casa que divirja destas; (2) Role os valores de atributo; (3) Escolha a sua classe e raça; (4) Atribua e ajuste os modificadores de atributos; (5) Revise o pacote inicial; (6) Anote as características raciais e de classe; (7) Selecione as perícias; (8) Selecione um talento; (9) Revise a descrição do personagem; (10) Selecione equipamentos; (11) Anote os números de combate: pontos de vida, classe de armadura, iniciativa, bônus de ataque, jogadas de proteção; (12) Detalhes, detalhes, detalhes.
Dungeons & Dragons 3ª Edição – Player’s Handbook, 2003

Siga estes passos para criar um personagem de D&D. Você pode criá-lo fora da ordem apresentada; por exemplo, algumas pessoas preferem escolher os poderes por último. (1) Escolha a raça; (2) Escolha a classe; (3) Determine os valores de atributos; (4) Escolha perícias; (5) Selecione talentos; (6) Escolha poderes; (7) Escolha equipamentos; (8) Preencha os números: calcule pontos de vida, classe de armadura, e outras defesas, iniciativa, bônus de ataque, bônus de dano e bônus de jogadas de perícias; (9) Detalhe o seu personagem.
Dungeons & Dragons 4ª Edição – Player’s Handbook, 2008

O processo de criação de personagens ganhou mais etapas com a evolução do sistema, assumindo também aspectos mais complexos.

A partir do Dungeons & Dragons 3ª Edição, não bastava criar o personagem, os jogadores tinham que pensar em aspectos estratégicos, principalmente aqueles relacionados a bônus, e logo todos os personagens tornaram-se baterias acumuladoras de números, muito mais voltados para os aspectos estratégicos do jogo.

Os Talentos, que iniciaram-se como uma boa opção ao jogo, logo começaram a sofrer restrições em algumas mesas [quando o mestre buscava uma experiência mais coerente] em virtude do grande número de opções. Só nesta pequena lista você tem 2.310 talentos, provenientes das mais variadas fontes de D&D 3.5.

A quarta edição aprimorou o Character Builder, software de criação de personagens, e o transformou em uma ferramenta essencial para os jogadores [e mestres], principalmente aqueles que usavam todas as opções que encontravam nos livros e revistas publicadas – que embora tenham sido em menor quantidade que os publicados em sua edição anterior, ainda eram muita coisa – e que tinham a seu favor o fator equilíbrio, que os talentos da terceira edição não tinham.

O problema na quarta edição, embora as opções de talentos fossem menores, estava nos aspectos estratégicos e táticos do jogo e alguns jogadores levavam pelo menos uma hora e meia para fazer um personagem, mesmo com o Character Builder. Se limitarmos as opções somente aos livros básicos – Player’s Handbook 1, 2, 3 – seriam aceitáveis. Com o material traduzido para o português do D&D 4E é até possível fazer uma ficha usando lápis e papel sem muito esforço.

O D&D NEXT

O D&D Next está às portas, fazendo barulho e há quem diga que a quarta edição foi prematuramente abandonada em função de seu insucesso enquanto sistema e que distanciou-se tanto do RPG que virou um jogo de tabuleiro.

Abandonada a 4E, a Wizards of the Coast iniciou a produção de diversos jogos de tabuleiro, alguns dos quais usando claramente mecânicas da quarta edição, como Castle Ravenloft Wrath of Ashardalon. e o seu jogo de miniaturas Dungeon Command.

Uma das promessas do D&D Next é ser modular. Modular a ponto de garantir uma experiência semelhante às primeiras edições do jogo e/ou às ultimas edições, permitindo que personagens utilizando-se ou não de suas regras opcionais, possa coabitar e coexistir em uma mesma mesa de jogo.

Para mim, se ele for capaz de manter as opções em um nível aceitável, com regras claras e balanceadas, isso já será motivo suficiente para que eu adquira a nova edição, principalmente se for possível desenvolvê-lo baseado em um número limitado de opções, mas que sejam, principalmente úteis e não um mar de bônus colecionáveis que estraguem o feeling que me tem atraído até o momento.

Se não for, bem, só o que temos hoje são opções de bons sistemas.

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.