Saudações pessoas.

Outro dia recebi um e-mail, sugerindo um tema para ser estudado e na forma de um P.S. o seguinte pensamento:

Engraçado, me veio a mente agora que a maioria das discussões sobre os sistemas e a maneira de jogar se resumem a: “eu me divirto mais do que você” e “pare de gostar do que eu não gosto”!

Sou obrigado a concordar com o autor da frase. Logo imaginei que isso fosse um problema somente nosso, que ainda não temos o hábito de discutir teorias sobre sistemas e maneiras de jogar, mas isso gerou cisões em grupos pelo mundo a fora, como bem disse o Ricardo Tavares, ou Jogador Sonhador como é mais conhecido, no podcast 63 – Agendas Criativas (com Pedro Leone).

Discutir formas de jogar normalmente acaba levando a um desvirtuamento da conversa para os sistemas, que possuem defensores ferrenhos e não são, normalmente, em sua maioria, flexíveis para entender que as discussões não são, via de regra, ataques ao sistema ou mesmo a forma de jogar de seus grupos.

Já vi algumas pessoas estressarem-se nas redes sociais ao iniciar discussões sobre o assunto, simplesmente porque alguém, sem conhecimento de causa, interpreta de forma errada algo escrito e o que poderia ser uma conversa saudável com a intenção de tornar a experiência de jogo ainda melhor, tornar-se um sem fim de mal entendidos, podendo gerar inclusive um “tô de mal“, “você é feio“.

Comportamentos como este me fazem acreditar no óbvio, algumas pessoas que se dispõe a discutir jogos não tem a maturidade suficiente para fazê-lo e em sua busca por encontrar cabelo em ovo de galinha, acabam encontrando e aí começa o blá-blá-blá!

Cabelo em ovo! Se procurar, encontra e em grande estilo!

Nenhuma discussão pode ser ganha, já dizem os livros de auto-ajuda. Então, a menos que você queira participar de uma discussão com o objetivo de contribuir, não entre nelas, você corre o sério risco de tornar-se uma nova/antiga raça de troll:

Troll xiita! Um troll já é chato, xiita então.

Se existe uma crítica a ser feita, não seja deselegante, critique, mas seja educado – e por favor, não o faça como os nossos ministros da república, nem como alguns ministros chineses, que entram no tapa de forma “elegante“.

A minha opinião é que a discussão é válida para aqueles mestres/jogadores que acreditam que a forma como eles estão jogando, ou melhor, que eles tem jogado nos últimos anos não é mais a mais divertida e procuram alternativas. Estes mesmos, podem simplesmente navegar nas ondas do designe de jogos e tentar criar novos jogos que reproduzam novas e instigantes experiências narrativas.

Pense nisso antes de começar um blá-blá-blá.

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.