Existe uma boa possibilidade de nos próximos dias eu começar uma campanha – provavelmente – com apenas um jogador, mais precisamente minha esposa. Isso por si só já é uma conquista, pois ela não gosta de RPG, então eu vejo nessa possibilidade um grande desafio, que se não der certo, pelo menos será tentado.

Mas a proposta não é jogar por jogar e sim, ensinar inglês, mas como fazê-lo?

Depois de matutar um pouco resolvi fazer as coisas da seguinte forma, minha esposa interpretará uma personagem que de alguma forma foi parar num país que não fala o seu idioma – no caso, os habitantes só falam inglês – e ela não terá como aprender, a não ser de verdade e na prática.

O Sistema

Fui para um lado, fui para outro e acabei puxando da estante o Player’s Handbook do D&D 4th Edition e mal ela fez algumas escolhas, resolvi que ele não se encaixava na proposta que quero usar, então o sistema vai ser mesmo o que tenho mais jogado atualmente, o Lamentations of the Flame Princess.

O Enredo

A história começará quando a personagem acordar no meio dos escombros de uma vila portuária em chamas. Sem memória, a personagem não saberá o que a levou até aquele local, nem o que aconteceu.

Ao andar pela cidade, a personagem perceberá que algumas placas estão escritas num idioma que ela não conhece – ou pelo menos conhece muito pouco – permitindo que ela entenda que existe algo de comum, mesmo com a sua falta de memória.

Logo, ela irá se deparar com uma situação inusitada: presa num local, sem memória e com pessoas falando um idioma que ela não conhece, mas vai passar a conhecer a medida que a trama for desenvolvendo-se – ou pelo menos é essa a proposta – fazendo-a aumentar o seu vocabulário e ajudar a comunicação com as conversações.

O Desenvolvimento

Para o desenvolvimento, pensei no seguinte: a personagem é uma princesa, desposada por um cavaleiro que queria tomar para si o poder do reino. Logo após seu casamento, a princesa foi sequestrada e enviada para outro reino, mas o navio onde ela estava foi atacado por corsários que além de destruir o navio, destruíram também grande parte de uma vila portuária onde o navio estava atracado.

A princesa foi uma das sobreviventes e precisa recuperar sua memória, aprender um novo idioma e voltar para sua terra e tentar descobrir quem foi o responsável pelo seu sequestro.

Se essa história não rolar com a minha esposa, vai ter que rolar em alguma mesa futura que eu mestrar, pois achei a ideia muito bacana e vocês?

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.