Na quinta-feira passada, mais uma vez nos reunimos para dar continuidade a campanha de D&D 4ª Edição, mas infelizmente desta vez, a maioria dos jogadores não entendeu muito bem a parte que dizia que a sessão começaria às 19:30h e só fomos começar a jogar uma hora depois.

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Nesta sessão, um dos jogadores que não havia comparecido nas duas últimas sessões pode voltar a jogar e os personagens dentro da Tumba dos Horrores, que estou usando como parte secreta de uma guilda de ladrões/assassinos mortos-vivos em Baldur’s Gate, sentiam a necessidade de ter mais alguém com eles, principalmente pelo fato de todos estarem muito feridos e incapacitados pela energia necrótica que impede que eles descansem – adição minha.

Dois jogadores possuem um ponto narrativo cada, e digo que um deles pode usar um dos pontos narrativos para trazer o jogador para dentro da masmorra, fornecendo uma boa explicação e assim eles usaram:

Enquanto uma parte do grupo descia pelas passagens estreitas que levavam a guilda dos mortos-vivos, outra parte ficou perseguindo o lich disfarçado na superfície.

Galinndan, o bruxo eladrin, após ver o lich conversar com uma estranha figura, resolve segui-lo e este segue por estranhas passagens subterrâneas, passagens que talvez levassem ao Underdark.

Após seguir a estranha figura humanóide pelas passagens, a figura parece fundir-se as sombras num determinado trecho, deixando o eladrin sozinho no meio de um  corredor extenso, mas ele ouve vozes a distância e se aproxima furtivamente e ao aproximar-se de uma sala, teleporta-se para dentro da sala, surpreendendo seus companheiros, que após recuperarem-se do choque, dão graças aos deuses por esta renovação.

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Após os seis personagens estarem reunidos eles retomam a exploração da primeira sala da masmorra, o local onde eles falharam em movimentar as alavancas, caindo de uma altura considerável.

Após por Galinndan a par do ocorrido, Shadow começa a percorrer toda a sala em busca de alguma passagem secreta, encontrando um contorno em forma de porta, com 80 cm de altura e 80 cm de largura. Após tentar algumas formas de abrir a porta e verificar a existência de armadilhas, ele abre a porta secreta, que dá acesso a uma sala adjacente.

Argrom também percebe a existência de outra passagem secreta com as mesmas medidas, mas ao invés de dar para uma sala contígua, segue num corredor de terra batida com pequenos pilares fazendo o apoio do teto baixo.

Neste ponto eu fui bem incisivo e não permiti que os jogadores fizessem jogadas “por fazer” e deixei que eles conduzissem a procura de uma forma mais velha guarda, fazendo com que a verbalização de suas ações tivessem mais importância que os dados rolados.

Após conversarem um pouco, decidem verificar o que há na sala que Shadow encontrou e um a um adentram a sala, que está vazia e tem uma porta com uma abertura de aço, que lhes permite visualizar o que tem na sala adiante.

Shadow observa dentro da sala com ajuda da iluminação proporcionada pela espada de Argrom e percebe que na sala seguinte há apenas uma imensa estátua de uma gárgula com quatro braços e muita pedra branca no chão, o que eles deduzem, ser proveniente de seu entalhe.

Após alguma discussão, eles decidem entrar e o ladino batedor é o primeiro, mas assim que ele abre a porta e entra na sala, a estátua ganha vida e ataca o ladino, acertando dois potentes golpes que o fazem cair inconsciente.

Galinndan usa seus poderes místicos para trocar de lugar com o ladino caído, levando-o para uma distância segura, e em seguida usa mais um de seus poderes, teleportando-se também para um local seguro e atacando com energia negativa a criatura, que não sofre os efeitos.

O guerreiro William Mosley e o feiticeiro Paterni correm e fecham a porta, que é atacada violentamente pela criatura. O tempo urge e eles precisam sair urgentemente.

Argrom ainda faz os primeiros socorros em Shadow, estabilizando sua condição e impedindo que ele morra ali.

Após tentar atacar a criatura quando seu corpo impacta com a porta, William acha melhor saírem da sala, voltando por onde entraram, e esperando que a criatura não consiga passar pela pequena abertura e que eles possam atacá-la a partir da outra sala com feitiços a distância.

Assim que eles conseguem passar a criatura irrompe pela porta e avança, mas não consegue passar pela pequena passagem, retornando em seguida para a sala onde estava.

Esse ponto foi interessante, pois todos os jogadores, com os poderes por encontro esgotados, com poucos pontos de vida restantes e sem poder descansar, se viram forçados a fugir e ainda carregando um dos companheiros caído.

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De volta a sala onde começaram a jornada, Shadow consegue recuperar-se e lidera uma nova incursão, agora na passagem de terra batida com pequenos pilares de sustentação.

O caminho possui um declive acentuado e após uma curva à direita termina abaixo de uma pedra que após ser examinada minuciosamente pelo ladino, é removida, revelando uma sala com três baús, um de ouro, um de prata e um de carvalho.

Após verificar que o local está seguro, todos sobem e além dos baús, a sala possui um pequeno corredor que leva a uma pequena sala vazia. Paterni abre o baú de ouro e é atacado por várias serpentes que surgem magicamente de dentro dela.

Em pouco tempo as serpentes estão atacando a todos, com um potente veneno, mas a experiência do grupo faz com eles possam sobrepujar com relativa facilidade as grandes serpentes.

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Fim do combate, fim da sessão, mas ainda houve tempo para dizer que o ponto narrativo do outro jogador deveria ser utilizado até aquele momento e então eles se reuniram por alguns instantes, enquanto eu bebia água e decidiram:

A sala vazia, adjacente a sala dos baús, possui uma passagem acima, por onde sentimos uma brisa reconfortante, transformando esta sala num porto relativamente seguro para nós, um local onde podemos descansar.

Bem! Fiquei feliz com essa intervenção e com o gasto do ponto narrativo de forma plausível.

Até a próxima sessão!

Fim da sessão 48.

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.