Acererak nasceu da união entre um balor chamado Tarnhem e uma humana chamada Kecethri. Kecethry criou Acererak à margem da sociedade, temendo o que poderia acontecer se as pessoas de sua vila descobrissem a herança demoníaca de seu filho, mas eles descobriram, e com apenas dez anos, Acererak só pode ver uma multidão linchando a sua mãe e queimando sua casa. Apenas sua natureza inumada permitiu que sobrevivesse tempo suficiente para fugir.

Os eventos de sua vida entre a fuga na infância e seu reaparecimento como um poderoso manipulador de forças arcanas é vago. Alguns dizem que ele começou ainda jovem suas buscas para tornar-se um morto-vivo, com o intuito de escapar da vida que ele achava tão desgraçada.

Outros contos sustentam que Acererak foi aprendiz do próprio Vecna, enquanto ele ainda era apenas um lich sem essência divina. Qualquer que seja a verdade, Acererak ressurgiu como um adorador de Orcus, usando os recursos do culto para construir vários covis e tumbas – sendo a mais infame, conhecida como a Tumba dos Horrores. Algumas fontes dizem que Acererak usou os servos de Orcus para completar seus próprios esquemas, mas não tinha nenhuma lealdade para com o príncipe demônio.

Durante este tempo, Acererak mudou-se para Bael Turath, tendo alguma aceitação entre os tieflings, que estando mais conectados com diabos do que com demônios, eram mais tolerantes com aqueles que possuíam parentesco sobrenatural. Ele, por sua vez, relacionou-se com eles melhor do que com qualquer outra raça, devido a habilidade dos tieflings em apreciar sua herança. Ele viveu entre eles, sentindo-se parcialmente em casa, mas ele sabia que sua paz relativa não duraria. Foi durante esse tempo que ele começou seus estudos para tornar-se um lich.

Quando Acererak alcançou o status de lich, parou de prestar homenagens a Orcus, dando crédito a opinião de que sua adoração nunca foi mais do que um meio para um fim. Ele confinou-se em sua tumba, gastando anos em estudos e aprimorando seus poderes para seu vitória derradeira. Eventualmente, seu corpo morto-vivo arruinou-se, deixando-o como um demilich – um crânio animado – mas ele continuou seus planos.

Lentamente Acererak permitiu que rumores sobre sua tumba e grandes tesouros supostamente enterrados lá se espalhassem. Utilizando sua tumba, a cidade decadente de Moil no Pêndulo das Sombras, e sua Fortaleza da Conclusão em seu próprio bolsão dimensional, Acererak planejou usar as almas dos grandes heróis do mundo para fortalecer um ritual que permitiria que ele tomasse o controle de qualquer morto-vivo através dos planos, garantindo-lhe uma imortalidade verdadeira e poder suficiente para assegurar-se que todos os vivos sofreriam tanto quanto ele.

Quando isso finalmente aconteceu, Acererak subestimou as habilidades do último grupo de aventureiros que invadiram sua tumba, e eles foram capazes de frustrar seus esforços. O ritual do demilich foi interrompido, o mecanismo que ele usou para guardar a energia das almas foi destruído e Acererak foi obliterado – sua essência passou a vagar no vazio entre os planos, impotente e indefeso por toda a eternidadem ou pelo menos era o que se pensava.

Após décadas, Acererak assumiu novamente sua forma física através da pura força de vontade, planejando um novo esquema durante o período que pode ter lhe dado mais poder do que antes.

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.