Texto original: What you know, who you know
Postado em: 23 de maio de 2010
Autor: Mike Maerls
Site: The Keep on the Game Lands

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Houve uma discussão no EN World alguns meses atrás sobre o papel dos sábios em D&D. Em AD&D existia uma grande quantidade de material no Livro do Mestre sobre os serviços oferecidos por vários especialistas em diversas áreas. Se os personagens precisavam aprender sobre a história da Cidade Perdida de Thar, eles precisavam apenas gastar algumas moedas e pagar pelos serviços do especialista.

Com o passar dos anos, este tipo de especialização passou dos NPCs para os personagens. Proficiências gerais, e mais tarde o sistema de perícias integradas ao D&D, davam a oportunidade do personagem SER o especialista, e os sábios, perdeu sua importância no jogo.

Por um lado, isso torna as coisas mais simples na mesa. O mestre pode apimentar uma masmorra ou outra localidade com runas estranhas, estátuas deterioradas e outros pedaços que permitam jogadas de perícias como uma forma de adicionar profundidade, histórico e pistas para o jogo.

Por outro lado, os sábios proporcionam alguns benefícios interessantes. Eles são uma excelente forma de fornecer ao grupo um desafio que não seja de combate, um NPC interessante com quem interagir, tornando o mundo vivo com atividades paralelas que não possuem ligações diretas com a aventura. Eles criam uma situação plausível onde os personagens tem que fazer um NPC feliz visando alcançar seus objetivos.

Existe uma forma de combinar as duas abordagens, dando aos jogadores os benefícios de perícias como Arcana ou História e ainda transformar os sábios (enquanto NPCs) em personagens úteis e interessantes. A maioria dos especialistas combinam os conhecimentos individuais para gerar um entendimento completo para encontrar a resposta. Isso pode ser facilmente extendido aos personagens.

Quando os personagens descobrem estranhas runas gravadas no que parece ser uma porta metálica impenetrável, uma jogada de perícia indica o caminho para o especialista que pode ajudá-los com as runas. O conhecimento dos personagens não é absoluto, mas ele pode levá-los ao especialistas, livros importantes e outras fontes de conhecimento que cercam o tópico.

Ainda melhor, você pode estruturar este conhecimento com uma escolha interessante. Talvez o personagem possa lembrar-se de dois especialistas que podem conhecer algo sobre estas runas. Yulgash – o Exilado – é inigualável, mas ele vive na Floresta de Brambles desde que os aldeões pegaram seus servos violando túmulos. Tharan – o Radiante – se aproxima de Yulgash em conhecimento, mas como um alto-sacerdote de Pholtus qualquer questionamento pode gerar embaraços. Dar aos personagens opções reais é uma parte importante de D&D e esta é apenas uma forma de introduzir estas opções.

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.