O que motiva a união dos personagens?

Os motivos são muitos e estes tendem a gerar laços mais ou menos fortes.

Amigos de infância tendem a ter laços fortes, e estes laços estão normalmente atrelados a liderança que um dos indivíduos exerce, seja por ser o mais brincalhão, o mais centrado, melhor jogador de futebol, etc. Aqueles laços criados com seus colegas/amigos de trabalho tendem a seguir a mesma linha, sendo ainda mais forte a necessidade por uma figura de liderança, que está sempre atrelada aquela pessoa mais carismática.

Quando falamos em união por uma causa comum, essa causa comum pode ser o trabalho, a diversão ou uma situação difícil que precisa ser sobrepujada, mas em qualquer uma delas, existe sempre a figura de alguém que lidera o grupo, que assegura a união.

Então, independente da situação, dentro do meu raciocínio, posso afirmar que o que motiva a união dos personagens é a presença de um líder que os inspire e os guie dentro do contexto de uma situação.

Mas isso funciona numa mesa de D&D?

Da mesma forma que na vida real, mas o papel do líder aqui é claro, quem lidera é o mestre!

Embora não fosse para ser assim, o mestre é a figura de liderança que os jogadores, e por conseguinte os personagens seguem. Se não fosse o mestre, todos os grupos se esfacelariam em pouco tempo, pois são muitos os interesses e desinteresses envolvidos.

No Guia do Mestre existe um capítulo dedicado a definir os tipos de jogadores, seus anseios e o que fazer para que eles se tornem engajados e comprometidos com a aventura.

Mesmo que o mestre crie uma campanha do tipo sandbox, aquela onde os jogadores tem um papel muito mais decisivo no desenvolvimento da história e conseguem interagir muito mais com os elementos do cenário, é de responsabilidade do mestre manter o grupo unido, criando motivações para que eles não se dispersem, correndo cada um atrás de objetivos que não tenham, muitas vezes, nada a ver com a campanha e/ou melhor ainda, transformar os objetivos que não tem nada a ver com a campanha em parte integrante desta.

O artigo tem potencial para ser expandido, mas eu gostaria de saber a opinião de vocês, mestres e jogadores sobre este fato. Comentem e compartilhem suas impressões.

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.