Este artigo foi escrito por Ameron do dungeonmaster.com e foi ao ar em 16 de fevereiro de 2009, tendo sido autorizada a sua tradução.

This article wrote by Wimwick from dungeonmaster.com was posted at February 16, 2009 and its translation was authorized by his author.

Vamos encarar que algumas perícias têm mais aplicações em jogo do que outras. Em uma noite de jogos, jogadas de Percepção eram feitas pelo menos uma vez a cada hora, sendo a Furtividade uma perícia de uso muito comum. Nos desafios de perícias, as perícias mais comumente utilizadas são Diplomacia, Intuição e Manha.

Então, se a melhor perícia de seu guerreiro for Vigor? Como transformar o bônus de +10 treinado em alguma coisa útil e construtiva para a história? Mais importante, como você se diverte no processo? A resposta é simples – use sua imaginação.

Um dos mantras da 4ª edição é que o narrador deve dizer sim. Se os jogadores vem com formas criativas de usar suas perícias o narrador deve permitir. Se o uso proposto da perícia for do tipo “sem sentido” ou louca o suficiente, o narrador pode aumentar a CD, mas qualquer requerimento razoável pode ser permitido.

O Livro do Jogador apresenta as formas mais comuns de utilizar as perícias, mas ela não é de forma alguma uma lista exaustiva. Cabe ao narrador ser criativo. Treinar uma perícia concede um bônus de +5 além dos bônus raciais, de atributo, talentos e modificadores de nível. Ele também dá uma clara vantagem sobre os outros personagens que não possuem treinamento. Mas o que isso significa?

Vamos dar uma olhada na perícia Vigor para exemplificar. A explicação mais (e também a mais chata), do motivo pelo qual o seu personagem tem um alto valor em Vigor é que ele é mais forte, mais resistente e feito de uma matéria mais tenaz do que os outros. Também pode ser isso, mas o bônus de +5 também representa treinamento. Você já pensou sobre que tipo de treinamento o personagem recebeu para ganhar essa vantagem?

Uma jogada de Vigor pode permitir ao personagem viajar durante um maior tempo, descansar menos freqüentemente e por curtos períodos, seguir sem comida e sem bebida e sobreviver à exposição aos elementos extremos. Isso pode ser possível por você ser durão, mas o que treinar essa perícia ajudaria a realizar essas façanhas extremas? Um histórico bem escrito forneceria pistas e dicas para explicar o treinamento. Uma vez que você tenha uma boa razão para ser treinado em uma perícia específica, então você deve ter idéias ainda melhores para aplicá-la em situações de interpretação.

Aqui estão alguns poucos exemplos que explicariam porque seu personagem poderia ter treinamento em Vigor.

Você possui um treinamento militar extensivo. Seus treinos incluem marchar distâncias extremas enquanto carrega cargas pesadas e viajar através de vários tipos de ambientes com climas perigosos. Treinamento em Atletismo e História também são suposições razoáveis para alguém com um exército orgulhoso e maior.

Você passa semanas, meses ou mesmo anos sozinho nos ermos. Você sobreviveu aos perigos vivendo em uma floresta desolada, um deserto escaldante ou nos subterrâneos de uma caverna. O treinamento em Natureza e Exploração podem acompanhar esse tipo de histórico.

Você cresceu nas ruas de uma grande cidade, sozinho e abandonado. Você precisa ser durão para sobreviver. Seu treinamento vem com anos de experiência e não de algum tipo de escola, regimento ou professor. Treinamento em Manha ou Ladinagem podem ser complementares a este histórico.

Observe a ficha do seu personagem e veja quais as perícias você é treinado. Se você puder conceder uma explicação de como e porque seu personagem recebeu treinamento nestas perícias, você estará mais apto a imaginar usos inovadores para estas perícias. Isso lhe dá um contexto e ajuda a vestir o personagem.

Então, da próxima vez que você estiver participando de um desafio de perícias, não sinta-se amedrontado com uma utilização criativa de uso de perícias como Exploração, Atletismo ou Vigor. Lembre-se, seus personagens possuem treino formal e poderiam ser capazes de fazer coisas extraordinárias.

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.