“Começar do começo”, essa frase é uma redundância necessária, pois muitas vezes os narradores começam a desenvolver o seu cenário pelo macro e muitas vezes essa tarefa desestimula, ficando o cenário esquecido naquele cantinho das idéias não concretizadas.

Já peguei um livro de GURPS pensando em desenvolver um mundo completo: o sistema solar, o planeta, seus continentes… Então desisti! A tarefa é simplesmente grande demais para o que eu realmente queria.

Todos os livros que consultei, com exceção dos específicos para auxiliar nessas tarefas hercúleas, aconselham a começar do começo, de um ponto básico a partir do qual a aventura se expande naturalmente.

O Dungeon Master Guide® cumpre muito bem esse papel quando apresenta a cidade de Fallcrest e o Forgotten Realms Campaign Set® apresenta em detalhes a cidade de Loudwater, ótimos pontos de partida para longas campanhas.

Além dos pontos principais os dois produtos apresentam as principais personalidades da cidade (muitas informações confidenciais para os narradores) e essas informações, bem exploradas, irão conceder às primeiras aventuras o sentimento de imersão no cenário.

Na última sexta-feira, narrava uma aventura da Campanha Baldur’s Gate e me senti muito a vontade explorando as nuances de uma pequena cidade cheia de vida e que pode ser tão expandida que vale muito mais do que um grande mundo.

Seja feliz no seu pequeno grande mundo e explore as inúmeras aventuras que podem nascer com o cocheiro da cidade. Elas podem ser tão emocionantes quanto salvar uma princesa numa torre protegida por um dragão.

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.