A Devir mantém em seu site um espaço para a Campanha Viva de Forgotten Realms, Living Forgotten Realms no original.

Nessa campanha viva, jogadores cadastrados ao redor do mundo marcam eventos, sejam eles fechados – em suas residências – ou públicos – locais públicos onde novos membros podem ser captados.

Os membros cadastrados e com o título de no mínimo Herald Level, podem baixar as aventuras inteiramente grátis no site da RPGA, sancionando o evento, e então narrar para seu grupo segundo as orientações da aventura – que podem ser modificadas.

Ao contrário do que ocorria em outras campanhas vivas, essa não se passa em um único local, mas em vários e para que os personagens progridam, devem viajar ao redor de Faerûn – algo interessante para que os jogadores tenham uma dimensão maior do cenário – mas que gera certo desconforto por parte de alguns narradores, pois a sequência de aventuras, algumas vezes não tem as ferramentas de amarração que são comuns a uma campanha.

A abordagem que eu venho utilizando quando narro essas aventuras é escolher uma série de locais, relativamente próximos, criando uma trilha onde os personagens passarão ao longo do tempo. O trabalho ficou ainda mais fácil depois que a RPGA lançou os módulos My Realms 1-1 e My Realms 1-2 que são orientações para os narradores criarem suas aventuras para os níveis 1-2 e 3-4 respectivamente e podem ser utilizados durante as viagens, criando ganchos e razões motivacionais para as constantes viagens dos personagens.

Já numa mesa que estou interpretando uma meio-elfa barda, o narrador (Jordan Moreira) criou uma crônica chamada Forgotten Chronicles of Faerûn. Abaixo reproduzo o conteúdo de um e-mail que ele me enviou explicando como ele interliga as aventuras da RPGA.

As “Crônicas Esquecidas de Faerûn” são uma coletânea de contos heróicos sobre um grupo de aventureiros que viveram no passado, ou seja, são contados no ponto de vista de alguém do futuro desconhecido de Faerûn.

Os personagens dos jogadores são os protagonistas desses contos. Alguns estão há mais tempo, outros entraram depois. E por vezes, eles têm negócios particulares. Eles não viajam junto o tempo todo.

Entre uma aventura e outra, existe um intervalo considerável de tempo no mundo do jogo. E nesse intervalo eles trabalham, ganham dinheiro para pagar as suas despesas e também viajam bastante.

A minha campanha é como um seriado, e cada aventura é um episódio relativamente independente. Não é uma continuação direta.

Isso tem facilitado muito a minha vida, pois não tenho de explicar o que acontece entre uma aventura e outra, nem como eles saíram de Baldur’s Gate e chegaram a Cormyr, por exemplo. Acho que é mais ou menos o que se tem que fazer pra seguir a RPGA (ou diga adeus às 4 horas/sessão).

Se você utiliza uma outra forma de lidar com as aventuras da RPGA, comente. Dê sua opinião e continue jogando.

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.