Dispel Myth, 4th Edition é o título de um excelente artigo escrito no blog Greywulf’s Lair. O autor dismistifica um dos maiores mitos a respeito da quarta edição de forma simples, porém brilhante.

Em diversos fóruns pode-se ler a seguinte “conclusão”: “Para avançar para o próximo nível são só 10 combates! É só combate e nada mais!”

Para quem leu o Dungeon Master Guide, no entanto, a história não é bem assim e pode-se até mesmo reduzir e muito o número de combates, até não os utilizando, se esse for o estilo de jogo do grupo, substituindo o combate direto por, por exemplo, desafios de perícias.

Quais elementos utilizar para reduzir o número de encontros combativos? Eis uma possibilidade:

  •  Uma missão maior (conclusão da aventura);
  • Uma missão menor por personagem;
  • 5 encontros de combate;
  • 3 encontros não combativos, quebra-cabeças ou desafios de perícias

A missão maior poderia é uma opção de interpretação, que pode incluir em sua categoria “resgatar a princesa raptada”, “libertar a ilha”, “derrotar o lich e salvar os escravos”, lembrando que não é imperioso que os personagens entrem em combate com o lich para que ele seja derrotado. Dependendo do estilo de jogo do grupo e de suas preferências, é possível realizar várias aventuras na transição entre um nível e outro (principalmente se preferir sessões mais leves), mas uma missão maior por nível é razoável para aventuras da quarta edição.

As missões menores são objetivos individuais dos personagens e são inerentes a cada personagem – mais espaço para interpretação, e ganho de experiência – e que podem estar ligadas a missão maior. Usando o enredo do resgate da princesa cativa, o meio-elfo bardo poderia ter como missão menor “…e compor um conto audaz sobre os acontecimentos!”. Outro personagem poderia ter a missão de “…e observar pistas sobre paradeiro de seu irmão maligno” ou “…roubar aquela adaga do guerreiro! Eu a quero!”. Isso implica que num grupo com 5 personagens, é possível desenvolver 5 missões menores por vez, sendo a missão maior o grande objetivo da aventura.

Os oito encontros seguintes não precisam podem ser quebra-cabeças, desafios de perícias, interações sociais, ou seja, interpretação pura sem nenhuma rolagem de dados, ou qualquer coisa que o mestre ache melhor. Embora algumas pessoas digam o contrário (e eles estão errados!!!), as regras não dizem quantos combates tem que ter em seu jogo.

 Outro comentário que o grande Greywulf faz é que muita gente diz é que “os encontros de combate demoram muito!” e segundo ele, essa é outra inverdade, mas por qual razão?

A resposta é simples, os encontros da quarta edição não são os encontros da terceira edição. Mas como assim?

Os encontros de combate da terceira edição eram justamente isso, encontros de combate, como numa arena. Na quarta edição, além dos oponentes, normalmente existem ainda armadilhas, monstros diferentes (e em quantidade maior), tudo isso junto numa zona de corredor, o que permite dizer que os encontros da quarta edição muitas vezes podem ser considerados como 2 em 1 e até 3 em 1. 

armadilha

Pela fisolofia do D&D 4ª Edição, todos os personagens fazem alguma coisa o tempo todo. Na quarta edição, normalmente não existe a imagem de um mago que não faz nada na rodada porque não tinha nenhuma magia sobrando – fato comum nas edições anteriores. Mas caso não goste de alguma coisa, apenas mude. A quarta edição é costumizável e menos engessada do que pregam por aí!

Qualquer dúvida, leia o bendito Dungeon Master Guide e veja as centanas de informações contidas em sites como os que estão ali, na lista de blogs do lado direito do texto!

E divirtam-se!

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Escrito por Franciolli Araújo
Esposo de Paula, pai de Pedro e Nathanael. Professor e pesquisador na área de mineração. Um sujeito indeterminado que gosta de contar histórias e escrever sobre elas e acredita que o RPG é o hobbie perfeito, embora existam controvérsias.